|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AUTOMOBILISMO
Americana torna-se a primeira mulher a liderar as 500 Milhas e consegue uma histórica quarta posição
Danica fica sem combustível, e inglês vence Indy 500
DA REPORTAGEM LOCAL
Não foi exatamente como ela tinha imaginado. Por pouco. Mas
ontem, mesmo que decepcionada
com o quarto lugar, Danica Patrick, 23, entrou para a história
das 500 Milhas de Indianápolis.
Quarta mulher a conseguir se
classificar para a tradicional corrida, a piloto da Rahal tornou-se a
primeira a liderar uma das 89 edições já disputadas (foram 19 voltas). Mais. Além de ter conseguido a melhor posição de largada de
uma mulher -quarto-, Danica
foi também a mais bem colocada.
Antes dela, Janet Guthrie, em 1978
havia terminado em nono lugar.
A americana foi também a primeira a completar 200 voltas (cerca de 804 km) em Indianápolis.
Ofuscado pela piloto que desde
os primeiros treinos vem roubando a cena não só pela aparência
como pela habilidade, Dan Wheldon foi o vencedor, na prova que
terminou sob bandeira amarela.
O piloto da Andretti-Green encerrou um jejum de 39 anos sem
vitórias de ingleses na prova. Antes dele, apenas dois compatriotas
haviam ganhado: Graham Hill
(em 66) e George Robson (em 46).
O brasileiro Vitor Meira, companheiro de equipe de Danica, e
Bryan Herta, parceiro de Wheldon, completaram o pódio.
Tony Kanaan, que largou na pole, foi o oitavo, seguido por Hélio
Castro Neves. Felipe Giaffone,
que saiu em 33º e último, foi o 15º.
Bruno Junqueira, que sofreu
um forte acidente, fraturou uma
das vértebras e será operado hoje.
Se Junqueira teve sorte no acidente, o mesmo não pode se dizer
de Danica. Fazendo uma corrida
cautelosa, ela caiu para sexto logo
após a largada, mas manteve-se
sempre no pelotão da frente. Em
um de seus pits teve problemas no
motor, se atrasou e caiu para 16º.
Nada que abalasse sua confiança. A piloto começou então a recuperar posições. Quando estava
em sétimo, envolveu se num acidente com Tomas Scheckter e Tomas Enge. Perdeu o controle do
carro, retomou, mas não evitou
que o bico ficasse avariado -teve
que fazer uma parada a mais.
A 21 voltas da bandeirada, Danica assumiu a liderança, pela segunda vez no dia. Ela chegou a
abrir boa vantagem para Wheldon, mas como precisava poupar
combustível perdeu velocidade e
foi ultrapassada no mesmo instante em que um acidente obrigava uma bandeira amarela.
Na relargada, Danica tomou a
dianteira. A dez voltas do fim, ela
perdeu o primeiro posto. E, sete
voltas depois, quase sem combustível, caiu para a quarta posição.
"Por um segundo achei que fosse ganhar. Acho que mostrei que
era uma novata em algumas coisas, mas estou orgulhosa", disse.
Beijo, ontem, só o de seu noivo,
Paul. O que queria dar no troféu
Borg-Warner terá que esperar.
Texto Anterior: Atletismo: Brasileiro ganha na rua e perde na caneta Próximo Texto: Indianápolis vê missa e tietagem em clima militar Índice
|