São Paulo, segunda-feira, 30 de maio de 2011

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JUCA KFOURI

O jogo dos sonhos


Falta muitíssimo para que se possa planejar um Santos x Barça. Mas sonhar ainda é de graça

O JAPÃO que se prepare para ver uma final de Mundial de Clubes como poucas vezes se viu na história.
Uma decisão entre dois times cujo aspecto que mais chama a atenção é o mesmo que encanta a multidão: talento, talento em estado puro.
Talento de Xavi, de Iniesta, de Messi.
Talento de Ganso, de Neymar, de Zé Roberto(?).
Um jogo para não se perder, que vale uma volta ao mundo.
Um jogo que tem favorito porque a coisa mais gostosa da vida é desbancar um favorito.
Como um simples Gabiru fez, cinco anos atrás, diante do mesmo Barcelona, que já era de Iniesta, mas, sobretudo, de Ronaldinho Gaúcho e com o brilhante holandês Frank Rijkaard no banco.
É claro que, antes de pensar no Japão, o Santos tem de pensar em Assunção (Cerro Porteño) e, depois, se depois houver, em Montevidéu (Peñarol?) ou Buenos Aires (Vélez Sarsfield?).
Mas que é irresistível sonhar com um Santos e Barcelona valendo título mundial lá isso é.
Ainda mais que a maravilhosa Catalunha tem os times brasileiros engasgados desde 1992, quando a equipe que então tinha Pep Guardiola em campo, além de Ronald Koeman, Stoitchkov e Michel Laudrup, foi derrotado pelo São Paulo de Telê Santana - e de Raí, Cafu, Toninho Cerezo e Muller.
Em vez de Guardiola no banco, o Barça tinha simplesmente o genial Johan Cruyff.
O ideal, para um sonhador sessentão como este que vos escreve, é pensar que o Santos decidirá a Libertadores, para ser tri, com o Peñarol, o adversário da primeira conquista, em 1962, quando foram necessários três jogos para decidi-la.
O Santos venceu no Uruguai, por 2 a 1, com dois gols de Coutinho.
Mas "perdeu" na Vila Belmiro, embora tenha empatado por 3 a 3, coisa que o árbitro, o chileno Carlos Robles, desconheceu em sua súmula, ao argumentar que havia encerrado o jogo quando estava 3 a 2 e que só permitiu que o jogo seguisse, e Pagão o empatasse, porque sentiu falta de garantias para sair vivo de Santos.
Houve, então, a negra, o terceiro jogo, e o Santos bailou em Buenos Aires, no Monumental de Nuñes lotado, enfiando 3 a 0, com dois gols de Pelé e um de Coutinho, mas dado como gol contra.
Histórias...
Sim, histórias inesquecíveis para os amantes do futebol como será certamente inesquecível uma final mundial entre Santos e Barcelona.

blogdojuca@uol.com.br


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