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FUTEBOL
Em pesquisa Datafolha, o meia titular da seleção amanhã recebe a pior nota entre os preferidos de Zagallo
Paulistanos reprovam "era Doriva"
da Reportagem Local
A confirmação de uma
"era Doriva"
na seleção durante a próxima
Copa vai encontrar um elemento essencial que
marcou sua antecessora "era
Dunga": a impopularidade.
O volante do Porto obteve a pior
nota de todas (6,2) quando o Datafolha perguntou a 603 paulistanos qual seria a avaliação individual dos 22 jogadores convocados
pelo técnico Mario Jorge Zagallo.
Doriva também ficou em último
se forem incluídos na lista os que
foram cortados (Márcio Santos e
Flávio Conceição) e os que estavam cotados (Juninho, Zé Elias,
Raí, Cléber, Zinho, Zé Maria e
Marcos Assunção).
Apenas se iguala a ele o zagueiro
André Cruz, que ficou afastado
dos campos durante três meses,
devido a uma operação de hérnia
de disco, e foi convocado às pressas por Zagallo para substituir
Márcio Santos, machucado.
Confirmado para enfrentar
amanhã o Athletic Bilbao, às 15h,
Doriva terá a responsabilidade de
substituir o contundido Dunga,
que ficou em terceiro entre os
mais populares na pesquisa.
Com 7,9 como nota, Dunga só
perde para o atacante Ronaldinho
e o lateral-esquerdo Roberto Carlos, que, coincidentemente, foram
escolhidos os dois melhores jogadores do mundo em eleição feita
pela Fifa, entidade que controla o
futebol no mundo.
Mas as coisas não foram sempre
assim com Dunga. Na Copa de
1990, o Brasil de Sebastião Lazaroni caiu diante da Argentina nas oitavas-de-final, e as obsessões táticas do técnico acabaram batizadas
como "era Dunga".
Irritado por ter personificado
uma época ruim da seleção, Dunga vingou-se levantando a taça do
tetracampeonato na Copa de 1994.
Hoje elevado à posição de "líder" do grupo, Dunga parece ter
passado a Doriva a pecha de ser o
mais impopular da seleção.
Contribuem para isso ser um jogador de destruição, estar jogando
em Portugal e ter saído do São
Paulo há quatro anos.
Dorival Guidoni Júnior, 26, nasceu em Nhandeara, interior paulista. Jogou no São Paulo (1991,
1992 e 1994), no Anapolina (1992),
no Goiás (1993), Atlético-MG
(1996 e 1997) e está no Porto.
Conquistou títulos importantes
pelo São Paulo, Atlético-MG e
Porto, mas, na opinião do público, isso pouco importa.
A pesquisa, na verdade, revela
mais sobre quem vota do que sobre quem é votado.
Um exemplo: as mulheres entrevistadas foram mais generosas nas
notas do que os homens.
Elas deram notas superiores às
dos homens para 20 jogadores de
Zagallo (Denílson teve nota inferior, e Rivaldo, notas iguais).
As maiores diferenças (1,8 ponto) entre os votantes dos dois sexos foram em relação às notas de
Bebeto e de Taffarel.
Os entrevistados com mais de 41
anos foram os mais críticos em relação aos preferidos de Zagallo.
Eles deram notas 7,4 e 6,9 para,
respectivamente, Edmundo e Júnior Baiano, enquanto os entrevistados com idade entre 18 e 25
anos deram notas 8 e 7,4 para dois
atletas conhecidos pela violência.
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