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O PERSONAGEM
Adriano ameaça lugar de Ronaldo no time nacional
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
O garoto da Vila Cruzeiro,
favela barra pesada do Rio
de Janeiro, fez todo mundo
esquecer um outro carioca
do subúrbio. O atacante
Adriano, 23, foi o artilheiro
da Copa das Confederações
e, de quebra, levou o prêmio
de melhor atleta do torneio.
Façanhas dignas de Ronaldo, que desdenhou do torneio, acabou dispensado por
Parreira e viu sua camisa 9
ganhar novo candidato. Ele
faz campanha. "Espero nessas três partidas que restam
[das eliminatórias] ser o titular", afirma Adriano. "Esse é um problema para o
Parreira resolver."
Pelos planos iniciais de
Parreira, Adriano iria formar dupla com Ronaldo
(Robinho seria reserva). Como Ronaldo não foi, Parreira não pôde treinar a dupla.
Parreira voltou a exaltar o
desempenho do atacante da
Inter de Milão. "O Adriano
cresce nos momentos decisivos", comentou Parreira,
que não foi o primeiro a convocá-lo. Em 2000, Leão chamou o então flamenguista
para jogos das eliminatórias.
Esta foi a segunda vez que
Adriano termina um torneio
de seleções como artilheiro.
Em 2004, marcou sete gols
na conquista da Copa América, inclusive um histórico
contra a mesma Argentina
que detonou ontem. Já nos
acréscimos, ele fez um golaço que levou a decisão para
os pênaltis, quando sua
equipe levou a melhor.
Em 2003, na Copa das
Confederações da França,
Adriano foi um dos únicos a
se destacar -o time caiu já
na primeira fase. O atacante
marcou dois dos três gols da
equipe na competição.
Adriano não pára de somar gols com a camisa amarela mesmo só disputando
partidas oficiais, sem atuar
em amistosos de terceira categoria, como Hong Kong e
Guatemala. Com os cinco
gols da Copa das Confederações, ele soma 17 tentos com
a camisa amarela, sendo que
só um em amistoso.
Com tantos passos semelhantes ao de Ronaldo, ser
melhor do mundo é o próximo? "Ainda é cedo para isso.
Meu objetivo agora é ganhar
um título pela Inter", diz ele,
que foi elogiado pelo técnico
José Pekerman.
(FV E PC)
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