São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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Estádio tem obstáculos para ser viável

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Inaugurado no clássico de hoje, o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, tem uma série de obstáculos para ser viável economicamente após o Pan, principalmente os altos custos de manutenção. Seu destino será decidido em agosto, pela licitação divulgada ontem pela Prefeitura do Rio.
O edital da concessão do estádio por 20 anos restringe candidatos -a empresa tem que ter associação com clubes com público médio de 7.000 no Brasileiro ou Estadual. Na prática, Flamengo, Botafogo e Fluminense são candidatos. O valor mínimo da locação é de R$ 1.680.
A atuação da empresa para obter dinheiro é sujeita a regras da prefeitura. O time tem que mandar todos os jogos no Rio no Engenhão e só pode fazer obras com a aprovação da prefeitura. E tem que ceder o estádio em Olimpíadas e/ou Pans.
Não há estimativa, nem dos clubes nem da prefeitura, de quanto custará a manutenção do local.
"A preocupação principal dos clubes é em relação aos custos. Mas estudos nossos mostram que certamente o uso do Engenhão cobre esses gastos", disse o secretário municipal da Fazenda, Francisco de Almeida e Silva. Para ele, o custo de manutenção não será tão alto quanto na Europa porque o Brasil tem mão-de-obra mais barata.
"Aproximadamente quatro vezes o valor dos custos de construção serão gastos no tempo de vida do estádio, o que dá em torno de 15% ao ano. Mas isso varia em cada sede", aponta o alemão Holger Preuss, que realiza estudos sobre a utilização de praças esportivas.
Ou seja, o Engenhão custaria R$ 57 milhões por ano.
A diretoria do Flamengo não sabe se entrará na concorrência. "É um estádio de gestão muito complexa", diz o presidente Márcio Braga, que queria uma liga para administrá-lo. O Botafogo entrará na licitação, já tem uma empresa que estuda o Engenhão. Mas sondou o rival sobre uma co-gestão. "Toda a questão de acesso ao estádio e viabilidade será testada no Pan", explicou o presidente Bebeto de Freitas.


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