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Audiência na França faz Fifa ameaçar país
Ex-técnico e ex-presidente da federação francesa vão à Assembleia Nacional hoje dar explicações sobre fiasco
DE SÃO PAULO
Passados oito dias da despedida da Copa do Mundo,
integrantes da campanha
francesa na África do Sul ainda têm muito a se explicar.
A começar pelo treinador.
Raymond Domenech terá de
comparecer hoje ao Palácio
Bourbon, sede da Assembleia Nacional, para justificar a participação na Copa.
Ele não estará só. Jean-Pierre Escalettes, presidente
da FFF (Federação Francesa
de Futebol) que renunciou ao
cargo, mas fica até sexta,
também terá de se esclarecer.
Ambos irão falar à Comissão
de Assuntos Culturais.
O simples anúncio da presença de Domenech e Escalettes na Assembleia Nacional provocou reação na Fifa.
O presidente Joseph Blatter
declarou que os franceses
podem ser suspensos.
O estatuto da entidade máxima do futebol não tolera interferência governamental
nas federações nacionais.
"Não queremos interferências políticas no futebol. A federação francesa tem a obrigação de respeitar as leis de
seu país, mas os procedimentos devem seguir as normas
presentes nos estatutos da
Fifa", avisou Blatter.
A federação internacional
só poderá punir caso a interação entre governo e FFF ultrapasse o campo dos debates e entre na área administrativa da entidade que organiza o futebol na França.
Albânia, Iraque, Camarões, Grécia e Etiópia já sofreram sanções por ingerência
do governo nas federações.
Para a França, seria desastroso. Recentemente, o país
conquistou o direito de sediar a Euro-2016, e Escalettes
foi apontado como responsável pelo sucesso do projeto.
As equipes francesas classificadas para a próxima edição da Copa dos Campeões
da Europa também podem
ser prejudicadas. Olympique
de Marselha, Lyon e Auxerre
ganharam o direito de jogar o
torneio a partir de setembro.
Com agências de notícias
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