São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2010

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Proibição de venda próximo a estádios prejudica ambulantes

DE JOHANNESBURGO

Pule Mokoena, 34, vende comida numa barraca com vista privilegiada para uma das joias da Copa do Mundo, o estádio Soccer City. Se dependesse da vontade dele, o Mundial acabaria hoje.
"Quero trabalhar lá dentro, mas só quem pode são os grandões", diz, sobre os patrocinadores da Fifa. Ele e cerca de outros 30 barraqueiros estão entre os poucos autorizados a vender refeições rápidas numa calçada a cerca de 500 metros da arena.
"Eles nos expulsaram do estádio. O problema é que não sou McDonald's. Não sou KFC", diz Grace Selala, que chegou às 6h para pegar um bom ponto. Naquele momento, noite fria de domingo, eram 19h, e uma massa de torcedores argentinos e mexicanos passava batido pelas barraquinhas nas calçadas, rumo ao estádio.
"De vez em quando a prefeitura vem e reclama que a comida está fria. Como a comida pode ficar quente se estamos aqui fora?", esbraveja uma senhora que se identificou como Thule.
Do outro lado da cidade, no Fan Park de Sandton, as vendas de vuvuzelas já rarearam. Durante o jogo entre Paraguai e Japão, pelas oitavas de final, uma senhora sentava em frente à sua loja, deserta. "No começo, eu vendia dez por dia. Hoje, só uma ou duas", afirma. (FZ)


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