|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Proibição de venda próximo a estádios prejudica ambulantes
DE JOHANNESBURGO
Pule Mokoena, 34, vende
comida numa barraca com
vista privilegiada para uma
das joias da Copa do Mundo,
o estádio Soccer City. Se dependesse da vontade dele, o
Mundial acabaria hoje.
"Quero trabalhar lá dentro, mas só quem pode são os
grandões", diz, sobre os patrocinadores da Fifa. Ele e
cerca de outros 30 barraqueiros estão entre os poucos autorizados a vender refeições
rápidas numa calçada a cerca de 500 metros da arena.
"Eles nos expulsaram do
estádio. O problema é que
não sou McDonald's. Não
sou KFC", diz Grace Selala,
que chegou às 6h para pegar
um bom ponto. Naquele momento, noite fria de domingo, eram 19h, e uma massa
de torcedores argentinos e
mexicanos passava batido
pelas barraquinhas nas calçadas, rumo ao estádio.
"De vez em quando a prefeitura vem e reclama que a
comida está fria. Como a comida pode ficar quente se estamos aqui fora?", esbraveja
uma senhora que se identificou como Thule.
Do outro lado da cidade,
no Fan Park de Sandton, as
vendas de vuvuzelas já rarearam. Durante o jogo entre Paraguai e Japão, pelas oitavas
de final, uma senhora sentava em frente à sua loja, deserta. "No começo, eu vendia
dez por dia. Hoje, só uma ou
duas", afirma.
(FZ)
Texto Anterior: Infraestrutura é legado maior, diz Fifa Próximo Texto: Frase Índice
|