São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011

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JUCA KFOURI

Papéis invertidos


A Copa do Mundo de futebol feminino é boa de se ver. O ruim, na estreia, foi ver o Brasil


ELAS VESTIAM verde e amarelo e pareciam brasileiras jogando bola, mas eram australianas.
A seleção brasileira estava de azul e parecia um time engessado, nada atraente, incapaz de fazer a bola chegar aos pés das excepcionais Marta e Cristiane durante todo o primeiro tempo, quando, apesar de tudo, criou as duas melhores chances de gol.
As terceiras do ranking da Fifa padeceram diante das décimas primeiras, em Borussia, num estádio com afluência de jogo entre homens.
O futebol feminino é mesmo um prato cheio para os defensores, como o doutor Sócrates, de que se retire um, ou até mesmo dois jogadores de cada time do futebol masculino, por causa da ocupação dos espaços nos gramados.
Como as mulheres, fisicamente, apesar de muito mais belas, ainda não são tão fortes, sobram espaços para que o jogo se desenrole e a arte prevaleça.
Mesmo quando as moças da Oceania surpreendem o talento das atuais vice-campeãs mundiais e olímpicas, como aconteceu na etapa inicial.
Felizmente, o segundo tempo foi diferente e logo de cara as brasileiras marcaram o belo gol que valeu a vitória, com Rosana, em jogada de Cristiane com direito a chapéu na meia-lua da grande área. Verdade que o empate seria mais justo e que Marta ficou devendo, o que talvez explique a má atuação.
Gostaria muito de saber o que diria hoje o saudoso João Saldanha sobre o futebol das mulheres, ele que um dia foi carinhosamente vaiado num auditório feminista por dizer que acharia chato ver um filho namorando a zagueira central do Bangu...
Porque o futebol feminino está cada vez mais gostoso de se ver. E em todos os sentidos.

DILMA AVANÇA
Ao dar um passo atrás na proposta inicial de sigilo absoluto das licitações para a Copa do Mundo e a Olimpíada no Brasil, o governo deu dois passos adiante. E deu, principalmente, por acabar também com a festa que a Fifa e o COI fariam nas obras para os eventos se pudessem, como estava previsto, aumentar custos como lhes conviesse.

KIRRATA
Você pode ter se irritado -ou quem sabe gostado- tanto com a coluna da última segunda-feira que não percebeu dois crimes contra a língua num "o ciúmes" e num "veja" no singular quando deveria estar no plural.
A pressa e os 5 a 0 tontearam o colunista.

blogdojuca@uol.com.br


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