UOL


São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Delegações terão segurança especial

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Na República Dominicana, norte-americanos e cubanos terão todos os privilégios possíveis. "São os mais fortes e os mais polêmicos. É com eles que temos de ter as maiores preocupações", afirmou José Joaquín Puello, presidente do Copan, o comitê organizador dos Jogos de 2003.
E a preocupação, como não poderia deixar de ser, começa com a segurança das duas delegações. Ambas terão um esquema especial em Santo Domingo.
"A questão nem é só esportiva. Mais do que isso, é essencialmente política. Num evento grande como o Pan sempre há risco de algum incidente, e o risco maior, é lógico, fica com os dois países mais visados do ponto de vista político. Na América, sem sombra de dúvida, eles são Cuba e EUA", declarou o general Gustavo García, chefe de segurança do Pan.
Segundo ele, além das mais de 18 mil pessoas encarregadas de proteger as delegações, tanto Cuba quanto EUA tiveram autorização para levar uma equipe própria de segurança -só os norte-americanos o farão.
O Usoc, o comitê dos EUA, não deu detalhes da segurança, mas destacou 120 pessoas, que já estão em Santo Domingo, para fazê-lo.
A entidade distribuiu ainda uma cartilha a seus atletas, equipes de apoio e torcedores para evitarem sair às ruas com camisa que os identifiquem como americanos. Na semana anterior aos Jogos, ela foi seguida à risca.
Outro privilégio foi a autorização para cubanos e americanos receberem suas credenciais em seus países -os demais participantes dos Jogos só as retiram ao chegar à República Dominicana. Alguns atletas não seguiram a recomendação de pegá-las em casa e viajaram a Santo Domingo sem as credenciais. No aeroporto, tiveram de receber uma segunda via.
"O que pudermos fazer para evitar transtornos para eles [Cuba e EUA] vamos fazer. Seria muito desagradável que ocorresse algo que manchasse os Jogos. Eu, particularmente, não acredito nisso, mas, depois de Munique [na Olimpíada-72, quando um grupo palestino atacou e matou membros da delegação israelense], tudo é possível. Não acredito em bruxas, mas que existem, existem", disse Puello. (EO, GR E JCA)


Texto Anterior: Pingue-pongue: Vice de Fidel diz que 2º lugar já é dos cubanos
Próximo Texto: Memória: Jogos pela união ganharam vigor após rivalidade
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.