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Delegações terão segurança especial
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Na República Dominicana,
norte-americanos e cubanos terão todos os privilégios possíveis.
"São os mais fortes e os mais polêmicos. É com eles que temos de
ter as maiores preocupações",
afirmou José Joaquín Puello, presidente do Copan, o comitê organizador dos Jogos de 2003.
E a preocupação, como não poderia deixar de ser, começa com a
segurança das duas delegações.
Ambas terão um esquema especial em Santo Domingo.
"A questão nem é só esportiva.
Mais do que isso, é essencialmente política. Num evento grande
como o Pan sempre há risco de algum incidente, e o risco maior, é
lógico, fica com os dois países
mais visados do ponto de vista
político. Na América, sem sombra
de dúvida, eles são Cuba e EUA",
declarou o general Gustavo García, chefe de segurança do Pan.
Segundo ele, além das mais de
18 mil pessoas encarregadas de
proteger as delegações, tanto Cuba quanto EUA tiveram autorização para levar uma equipe própria de segurança -só os norte-americanos o farão.
O Usoc, o comitê dos EUA, não
deu detalhes da segurança, mas
destacou 120 pessoas, que já estão
em Santo Domingo, para fazê-lo.
A entidade distribuiu ainda
uma cartilha a seus atletas, equipes de apoio e torcedores para
evitarem sair às ruas com camisa
que os identifiquem como americanos. Na semana anterior aos Jogos, ela foi seguida à risca.
Outro privilégio foi a autorização para cubanos e americanos
receberem suas credenciais em
seus países -os demais participantes dos Jogos só as retiram ao
chegar à República Dominicana.
Alguns atletas não seguiram a recomendação de pegá-las em casa
e viajaram a Santo Domingo sem
as credenciais. No aeroporto, tiveram de receber uma segunda via.
"O que pudermos fazer para
evitar transtornos para eles [Cuba
e EUA] vamos fazer. Seria muito
desagradável que ocorresse algo
que manchasse os Jogos. Eu, particularmente, não acredito nisso,
mas, depois de Munique [na
Olimpíada-72, quando um grupo
palestino atacou e matou membros da delegação israelense], tudo é possível. Não acredito em
bruxas, mas que existem, existem", disse Puello.
(EO, GR E JCA)
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