São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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Máfia do apito tem julgamento hoje, em SP

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado de um julgamento hoje, no Tribunal de Justiça de São Paulo, pode finalmente dar continuidade -ou atrasar ainda mais- a ação penal sobre a "máfia do apito", esquema criminoso que fraudou 11 partidas do Brasileiro de 2005.
Um grupo acertava previamente resultados dos jogos com o árbitro Edilson Pereira de Carvalho e depois lucrava com apostas em sites.
Sete pessoas foram denunciadas por estelionato e formação de quadrilha. Todas estão em liberdade. O processo está parado desde outubro de 2007, por decisão do desembargador Fernando Miranda.
Ele interrompeu a ação até que fosse julgado o habeas corpus pedido pela defesa dos réus. O julgamento é hoje.
A defesa alega não ter a transcrição completa das gravações telefônicas que formam a acusação. "Sem isso, é impossível uma defesa completa", diz o advogado Sergio Alvarenga, que representa o réu Pedro Brites.
O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, responsável pelo caso, afirma que a transcrição de todas as gravações "levaria anos" e só atrasaria mais o processo. "Não faz sentido perder tempo com trechos em que os acusados falam de outros assuntos", disse.
Além de Miranda, julgarão o recurso hoje os desembargadores Francisco Menin e Christiano Kunz. Eles vão decidir se concedem ou negam o habeas corpus. Vitória da defesa atrasará ainda mais a ação penal.
O processo começou em 24 de abril de 2006, com apresentação de denúncia contra Edilson Pereira de Carvalho, Paulo José Danelon, Nagib Fayad, Vanderlei Antonio Pololi, Daniel Gimenes, Fernando Francisco Catarino e Pedro Brites.


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