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PINGUE-PONGUE
Exultante, Lima diz que alegria é muito maior a que raiva
DOS ENVIADOS A ATENAS
Apesar do incidente, Vanderlei Cordeiro de Lima estava
exultante após a maratona.
Sorriso aberto, bandeira brasileira nas costas, foi mais festejado e mais entrevistado do que o
vencedor da prova.
Após a cerimônia de premiação, coroa de folhas de oliveira
na cabeça, bronze no peito e buquê de flores nas mãos, chegou a
brincar quando questionado sobre o irlandês: "Vou mandar essas flores pra ele".
(ALF E FSX)
Pergunta - Você venceria a prova se não fosse a invasão?
Vanderlei Cordeiro de Lima -
Não sei se venceria. Mas com
certeza o final seria diferente. A
partir daquele momento, eu comecei a ter problemas. Principalmente para voltar ao ritmo
de competição. Atrapalhou
muito. Quem corre sabe como é
difícil parar e retomar o ritmo.
Pergunta - Você culpa a segurança pelo que aconteceu?
Lima - Não culpo a organização, não. Foi um fato isolado,
que poderia acontecer em qualquer lugar. Ele me atrapalhou,
mas prevaleceu minha garra.
Pergunta - O COB já avisou que
vai recorrer do resultado...
Lima - Independentemente do
que acontecer, o importante é
esse momento. Não estou aqui
por acaso, treinei muito para
chegar a isso. A imprensa brasileira não acreditava em mim,
mas entrei para a história. Estou
feliz com o bronze, mas um ouro seria muito bem-vindo.
Pergunta - O que poderia ser
feito para evitar algo assim?
Lima - É complicado isolar o
público. E é difícil colocar um
policial a cada metro. O charme
da maratona é o público, o povo.
Pergunta - Você não está com
raiva do que aconteceu?
Lima - Minha felicidade é
maior que o meu ódio.
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