São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2004

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PINGUE-PONGUE

Exultante, Lima diz que alegria é muito maior a que raiva

DOS ENVIADOS A ATENAS

Apesar do incidente, Vanderlei Cordeiro de Lima estava exultante após a maratona.
Sorriso aberto, bandeira brasileira nas costas, foi mais festejado e mais entrevistado do que o vencedor da prova.
Após a cerimônia de premiação, coroa de folhas de oliveira na cabeça, bronze no peito e buquê de flores nas mãos, chegou a brincar quando questionado sobre o irlandês: "Vou mandar essas flores pra ele". (ALF E FSX)
 

Pergunta - Você venceria a prova se não fosse a invasão?
Vanderlei Cordeiro de Lima -
Não sei se venceria. Mas com certeza o final seria diferente. A partir daquele momento, eu comecei a ter problemas. Principalmente para voltar ao ritmo de competição. Atrapalhou muito. Quem corre sabe como é difícil parar e retomar o ritmo.

Pergunta - Você culpa a segurança pelo que aconteceu?
Lima -
Não culpo a organização, não. Foi um fato isolado, que poderia acontecer em qualquer lugar. Ele me atrapalhou, mas prevaleceu minha garra.

Pergunta - O COB já avisou que vai recorrer do resultado...
Lima -
Independentemente do que acontecer, o importante é esse momento. Não estou aqui por acaso, treinei muito para chegar a isso. A imprensa brasileira não acreditava em mim, mas entrei para a história. Estou feliz com o bronze, mas um ouro seria muito bem-vindo.

Pergunta - O que poderia ser feito para evitar algo assim?
Lima -
É complicado isolar o público. E é difícil colocar um policial a cada metro. O charme da maratona é o público, o povo.

Pergunta - Você não está com raiva do que aconteceu?
Lima -
Minha felicidade é maior que o meu ódio.


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