São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Com defesa à la Cruyff, Palmeiras revê carrasco

Time menos vazado no pós-Copa pega o Figueirense, de quem levou 6 a 1 na ida

Tite diz montar seu sistema defensivo baseado em conceito desenvolvido pelo craque holandês e ex-técnico do Barcelona


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Acertar a defesa para depois pensar em atacar com eficiência. A surrada fórmula apregoada pelos técnicos para tentar recuperar uma equipe em frangalhos ganhou um molho ao ser aplicada por Tite no Palmeiras.
Ponto forte da equipe na arrancada pós-Copa, o sistema defensivo palmeirense é baseado numa idéia aplicada por um legítimo -talvez o maior- representante de uma escola de futebol mais conhecida pela ofensividade, a holandesa.
O sucesso defensivo palmeirense nas últimas dez partidas deve-se em parte a Johan Cruyff, ícone da lendária Holanda de 1974 e técnico do Barcelona na primeira era de ouro do clube espanhol.
Segundo Tite, um dos segredos que fizeram com que o Palmeiras passasse da peneira que era antes da Copa (havia levado 24 gols nos dez primeiros jogos do Brasileiro) para a agora melhor defesa das últimas dez rodadas (somente oito gols sofridos) é o de exercer uma marcação sobre o time adversário logo a partir do momento seguinte em que sua equipe perde a posse de bola. "Peguei essa idéia do Cruyff", conta Tite, que diz também se basear em conceitos defensivos aplicados por times de basquete. "O vôlei já não dá, pois é um esporte muito diferente do futebol."
Mas o técnico palmeirense afirma que não é possível aplicar tal conceito com qualquer elenco nas mãos. "Depende da vontade e da consciência tática dos atletas. Não quero o Edmundo, o Juninho e o Enílton desarmamando, mas quero que eles forcem o erro do adversário", exemplifica o treinador, a respeito do funcionamento prático do "sistema Cruyff".
E, hoje, essa aplicação tática do Palmeiras demonstrada nas dez últimas partidas e que ajudou o time a se manter invicto no pós-Copa do Mundo deve receber um bom teste.
É que a equipe receberá no Parque Antarctica o seu maior carrasco neste Brasileiro: o Figueirense, que no primeiro turno aplicou um 6 a 1 no Palmeiras e o afundou na crise que só agora o clube começa a demonstrar que conseguiu sair -a goleada em Florianópolis provocou a demissão de Emerson Leão do clube alviverde.
O primeiro encontro com o time catarinense causou traumas no elenco palmeirense.
"Naquele jogo a gente estava pressionado. Não ganhamos o Paulista e vínhamos de uma derrota na estréia do Braisleiro para a Ponte Preta. O Figueirense entrou com tudo e, até a gente entra


Texto Anterior: Copa do Mundo: Sul-africanos temem atraso nas obras
Próximo Texto: Suspenso, Baier terá 2 substitutos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.