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Com defesa à la Cruyff, Palmeiras revê carrasco
Time menos vazado no pós-Copa pega o Figueirense, de quem levou 6 a 1 na ida
Tite diz montar seu sistema defensivo baseado em conceito desenvolvido pelo
craque holandês e ex-técnico do Barcelona
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Acertar a defesa para depois
pensar em atacar com eficiência. A surrada fórmula apregoada pelos técnicos para tentar
recuperar uma equipe em frangalhos ganhou um molho ao ser
aplicada por Tite no Palmeiras.
Ponto forte da equipe na arrancada pós-Copa, o sistema
defensivo palmeirense é baseado numa idéia aplicada por um
legítimo -talvez o maior- representante de uma escola de
futebol mais conhecida pela
ofensividade, a holandesa.
O sucesso defensivo palmeirense nas últimas dez partidas
deve-se em parte a Johan
Cruyff, ícone da lendária Holanda de 1974 e técnico do Barcelona na primeira era de ouro
do clube espanhol.
Segundo Tite, um dos segredos que fizeram com que o Palmeiras passasse da peneira que
era antes da Copa (havia levado
24 gols nos dez primeiros jogos
do Brasileiro) para a agora melhor defesa das últimas dez rodadas (somente oito gols sofridos) é o de exercer uma marcação sobre o time adversário logo a partir do momento seguinte em que sua equipe perde a
posse de bola. "Peguei essa
idéia do Cruyff", conta Tite, que
diz também se basear em conceitos defensivos aplicados por
times de basquete. "O vôlei já
não dá, pois é um esporte muito
diferente do futebol."
Mas o técnico palmeirense
afirma que não é possível aplicar tal conceito com qualquer
elenco nas mãos. "Depende da
vontade e da consciência tática
dos atletas. Não quero o Edmundo, o Juninho e o Enílton
desarmamando, mas quero que
eles forcem o erro do adversário", exemplifica o treinador, a
respeito do funcionamento
prático do "sistema Cruyff".
E, hoje, essa aplicação tática
do Palmeiras demonstrada nas
dez últimas partidas e que ajudou o time a se manter invicto
no pós-Copa do Mundo deve
receber um bom teste.
É que a equipe receberá no
Parque Antarctica o seu maior
carrasco neste Brasileiro: o Figueirense, que no primeiro turno aplicou um 6 a 1 no Palmeiras e o afundou na crise que só
agora o clube começa a demonstrar que conseguiu sair
-a goleada em Florianópolis
provocou a demissão de Emerson Leão do clube alviverde.
O primeiro encontro com o
time catarinense causou traumas no elenco palmeirense.
"Naquele jogo a gente estava
pressionado. Não ganhamos o
Paulista e vínhamos de uma
derrota na estréia do Braisleiro
para a Ponte Preta. O Figueirense entrou com tudo e, até a
gente entra
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