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Agassi corre 3h31m in e adia o adeus
Americano, 36, que encerrará carreira após Aberto dos EUA, triunfa na estréia diante de público recorde
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos assentos do estádio Arthur Ashe, 23.736 espectadores, o maior público noturno da
história do Aberto dos EUA.
Dentro dele, Andre Agassi,
36, jogava anteontem sua mais
longa partida desde janeiro de
2004. "O Punidor", como era
chamado na juventude, desta
vez castigava seu próprio corpo
correndo de um lado para o outro durante três horas e 31 minutos. Para quem abriu mão de
recentes torneios por dores nas
costas, seu vigor surpreendia.
E resolvia. Vencia o romeno
Andrei Pavel, 32, por três sets a
um -parciais de 6/7 (7/4), 7/6
(10/8), 7/6 (8/6) e 6/2- e adiava seu adeus ao tênis pelo menos até a segunda rodada do
torneio, quando pegará o oitavo
do mundo, Marcos Baghdatis,
do Chipre, 15 anos mais novo. E
que ficou uma hora e 20 minutos a menos em quadra na estréia, também anteontem. O
duelo será amanhã ou sexta.
No match point, quando os
torcedores ficaram em pé para
aplaudir sua atuação, Agassi fez
força para não chorar. Na tribuna, sua mulher, a ex-tenista alemã Steffi Graf, filmava tudo.
"Foi uma noite perfeita para
mim. Acho que nunca tive 20
mil pessoas me aplaudindo em
um match point", disse Agassi,
de novo segurando as lágrimas.
O americano sofreu para tomar a dianteira no placar. No
terceiro set, perdia por 4/0,
quando trocou sua raquete, reclamando de falta de firmeza
nas cordas. Ganhou os cinco games seguintes, aproveitando
indisposição estomacal do adversário, que precisou ir ao banheiro duas vezes. Pavel, que
bateu boca com torcedores no
penúltimo game, elogiou: "Corri muito, mas não deu. O Agassi
ainda é um dos caras mais bem
condicionados do circuito".
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