São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

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Agassi corre 3h31m in e adia o adeus

Americano, 36, que encerrará carreira após Aberto dos EUA, triunfa na estréia diante de público recorde

TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos assentos do estádio Arthur Ashe, 23.736 espectadores, o maior público noturno da história do Aberto dos EUA.
Dentro dele, Andre Agassi, 36, jogava anteontem sua mais longa partida desde janeiro de 2004. "O Punidor", como era chamado na juventude, desta vez castigava seu próprio corpo correndo de um lado para o outro durante três horas e 31 minutos. Para quem abriu mão de recentes torneios por dores nas costas, seu vigor surpreendia.
E resolvia. Vencia o romeno Andrei Pavel, 32, por três sets a um -parciais de 6/7 (7/4), 7/6 (10/8), 7/6 (8/6) e 6/2- e adiava seu adeus ao tênis pelo menos até a segunda rodada do torneio, quando pegará o oitavo do mundo, Marcos Baghdatis, do Chipre, 15 anos mais novo. E que ficou uma hora e 20 minutos a menos em quadra na estréia, também anteontem. O duelo será amanhã ou sexta.
No match point, quando os torcedores ficaram em pé para aplaudir sua atuação, Agassi fez força para não chorar. Na tribuna, sua mulher, a ex-tenista alemã Steffi Graf, filmava tudo.
"Foi uma noite perfeita para mim. Acho que nunca tive 20 mil pessoas me aplaudindo em um match point", disse Agassi, de novo segurando as lágrimas.
O americano sofreu para tomar a dianteira no placar. No terceiro set, perdia por 4/0, quando trocou sua raquete, reclamando de falta de firmeza nas cordas. Ganhou os cinco games seguintes, aproveitando indisposição estomacal do adversário, que precisou ir ao banheiro duas vezes. Pavel, que bateu boca com torcedores no penúltimo game, elogiou: "Corri muito, mas não deu. O Agassi ainda é um dos caras mais bem condicionados do circuito".


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