São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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Após críticas, Vuaden já para mais os jogos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2008, um juiz inovador recebeu elogios de grande parte da imprensa e da opinião pública por marcar menos faltas do que a média. Mas, criticado por alguns comentaristas pelo estilo diferente, ele para mais o jogo neste ano e pune mais.
O gaúcho Leandro Vuaden ascendeu e virou juiz da Fifa sendo o único a marcar, em média, menos de 30 faltas por partida no Brasileiro-08 (foram 29,4). Instaurou o "estilo Vuaden", que hoje tenta suavizar.
"O estilo Vuaden foi criado pela imprensa e estou pagando por isso até hoje. No ano passado, era o único cara que fazia isso [marcava poucas faltas], era novidade. O estilo de arbitragem mudou, mas às vezes é preciso ter um pouco de cuidado. Como está neste ano? Não estou acompanhando as estatísticas", pergunta ele, curioso.
Ao ser informado de que sua média havia subido bem na marcação de faltas (34,7 por jogo) e na aplicação de cartões amarelos e vermelhos, quis saber a média do Nacional. Ele já se aproxima das médias, mas ainda deixa o jogo correr mais que a maioria dos seus colegas.
"Eu continuo o mesmo. Falta quando é falta tem que ser apitada, no Brasil ou em qualquer lugar. O importante a ressaltar é que é uma interpretação", diz ele, negando que tenha mudado após receber críticas.
"Nunca me preocupei em ser unanimidade. Não estou acima do bem e do mal e aceito críticas. Alguma coisa a gente pode melhorar. Respeito o trabalho dos comentaristas, mas apito o jogo do campo, não da TV."
Vuaden foi suspenso em 2008 por não dar um pênalti para o Fluminense. "Na Copa das Confederações, houve toque de mão, e o juiz deu escanteio, o olho humano não viu. Aconteceu comigo em Salvador", afirma ele. (RBU)


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