Com mudanças na defesa e no ataque, Caio Jr. vê chance de se distanciar de rivais contra o América-RN

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O discurso é mais do que político entre os palmeirenses. Respeitar o América-RN e esquecer a sua condição de lanterna e pior time do Brasileiro.
Mas, internamente, o compromisso de hoje, às 18h10, em Natal, é visto como excelente ocasião para, segundo o técnico Caio Júnior, "guardar distância dos rivais" que brigam por uma vaga na Libertadores de 2008.
"Vamos fazer três jogos em seis dias [pega o Náutico na quarta e o Grêmio no próximo sábado]. É a chance que nós temos de conseguir distância, pois nossos adversários vão ter confrontos diretos [Santos e Vasco jogam hoje na Vila]. E estou preparando a equipe para encarar um adversário difícil em Natal, independentemente da colocação deles na tabela."
E o primeiro passo já foi dado. Após o treinamento, todos trataram de valorizar o América-RN, que, dos 27 jogos disputados, venceu apenas três.
"Já dirigi equipes menores e não gostaria de ouvir qualquer menosprezo. Além disso, o América-RN vem em uma fase crescente. O Paulo Moroni assumiu o comando em Natal, é um excelente treinador, e está fazendo o time crescer de produção", afirmou Caio Jr.
De acordo com o goleiro Diego, o Palmeiras precisa de determinação para, antes de tudo, impor o seu ritmo de jogo.
"Se conseguirmos repetir o nível de atuação contra o Corinthians, temos boas chances de fazer uma bela partida", comentou o camisa 1.
Além da preocupação natural com o adversário, o treinador falou também sobre o calor. "O campo é grande, e o desgaste é maior. O preparo físico será fundamental para obter um bom resultado."
Com o time já definido, o treinador palmeirense vai ter de mudar a equipe na defesa e no ataque, além de não poder contar com Valdivia, suspenso.
Na zaga, David vai atuar ao lado de Dininho, em substituição a Nen, machucado.
Já na frente a opção fica em cima de Luiz Henrique e Max. "Acho que se completam. O Max é um centroavante de ofício. Assim o Luiz Henrique não fica tão sobrecarregado na finalização", aposta o treinador.
Apesar da confiança no seu poder de fogo, é justamente o ataque o setor mais questionado do grupo. Dos nove gols que o time marcou no segundo turno, apenas dois saíram dos pés de atacantes -Edmundo e Max. Sem Valdivia, artilheiro do time com seis gols, a esperança de balançar a rede recai em um volante: Martinez é o vice-goleador da equipe na competição com cinco tentos.
Mas para Caio Jr. a inércia do seu setor ofensivo é circunstancial. "Quando sinto necessidade, converso com o jogador. Fui atacante, sei como é importante fazer gols. O Max precisa disso para alavancar uma seqüência maior. Se tivessem validado aquele gol contra o São Paulo teria sido importante para ele", afirmou o comandante.

NA TV - América-RN x Palmeiras