São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008

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Ferrari cobra ajuda de Raikkonen a Massa

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

Depois da falha que custou a Felipe Massa a vitória em Cingapura, a liderança no Mundial da F-1 e a perda da autonomia para ser campeão, a Ferrari anunciou seu plano para as três últimas corridas do ano. Não há escolha: para não depender de resultados alheios, o time terá de buscar três dobradinhas.
A idéia é tirar o máximo de pontos de Lewis Hamilton, se possível impedindo que ele seja segundo colocado em algum GP. Com os sete pontos que abriu para Massa, o inglês já pode abrir mão de vencer: será campeão com três segundos lugares, independentemente dos resultados do brasileiro.
Para esse plano dar certo, porém, a Ferrari precisa contar com Kimi Raikkonen. Com 27 pontos a menos que o inglês, o atual campeão já admitiu que está fora da disputa. O problema é que, desde o GP da Alemanha, há seis corridas, a Ferrari não pontua com os dois carros.
Como resultado, a escuderia italiana acabou perdendo também a liderança no Mundial de Construtores, que detinha desde o GP da Espanha, quarta etapa do ano e onde Raikkonen venceu pela última vez -a McLaren lidera por 135 a 134.
"Nosso objetivo a partir de agora é muito claro. Temos três corridas e teremos em mente que podemos chegar em primeiro e segundo em todas elas", disse Stefano Domenicalli, chefe da Ferrari. "Não é fácil, mas temos potencial para isso e já o fizemos com muito sucesso em outras ocasiões."
Para complicar um pouco mais a situação de Massa, Raikkonen vive a pior fase de sua carreira nos últimos seis anos.
Desde seu ano de estréia na McLaren, em 2002, seu segundo na F-1, o finlandês não passa tantas corridas sem marcar pontos. Já se vão quatro etapas consecutivas sem chegar entre os oito primeiros -há seis anos, amargou um jejum de seis GPs.
Pela primeira vez, o campeão do mundo admitiu que terá de servir de escudeiro para Massa até o GP Brasil. "Sei o que o time quer. Eles querem ser campeões do mundo", disse Raikkonen. "De qualquer maneira, já estou fora da disputa."
Na Itália, Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, disse que espera uma "atitude de campeão" do finlandês.


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