São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Apesar de treinador estrangeiro e de promessas da confederação de estruturar o basquete, Brasil cai antes das quartas no Mundial

Michal Cizek/France Presse
A ala Sílvia disputa bola com a tcheca Eva Viteckova

República Tcheca 84
Brasil 70

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A seleção feminina de basquete está próxima de amargar a pior campanha em um Campeonato Mundial desde 1975. A derrota por 84 a 70 para a República Tcheca na terceira rodada da segunda fase, ontem, tirou o Brasil das quartas de final da competição, que começam amanhã.
E agora o time vai disputar o torneio de consolação, que define as colocações do 9º ao 12º. O primeiro desafio é contra o Canadá, às 6h de amanhã, em Karlovy Vary.
Se perder, enfrenta o perdedor de Japão x Grécia. Uma nova derrota faz com que a seleção brasileira termine o Mundial tcheco na 12ª posição. Posto que esteve pela última vez no torneio de 1975.
Seria um fracasso inversamente proporcional à expectativa colocada na gestão do presidente Carlos Nunes na CBB (Confederação Brasileira de Basquete).
Gaúcho, ex-presidente da federação de seu Estado, assumiu no ano passado o posto até então ocupado por Gerasime Bozikis, o Grego, que durou de 1997 a 2009.
Nunes prometeu "profissionalizar" a entidade e dar estrutura para as seleções voltarem a disputar títulos.
Ele contou com o apoio da Brunoro Sports Business, de José Carlos Brunoro, que angariou o patrocínio da Nike para as seleções nacionais e do Bradesco para a entidade.
Esses foram somados ao patrocínio da Eletrobras, que investe anualmente cerca de R$ 11 milhões na CBB.
A Folha apurou que, só em patrocínios, a confederação arrecada cerca de R$ 20 milhões anuais. Fora os recursos da Lei Piva, cujo último repasse foi de R$ 1,7 milhão, quase R$ 1 milhão a menos que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), por causa dos maus resultados durante a gestão Grego.
O vôlei recebeu da lei federal R$ 2,5 milhões em 2009.
Dentro da quadra, o basquete feminino passou a contar com a ex-jogadora Hortência como diretora da categoria. Ela trouxe o espanhol Carlos Colinas, primeiro estrangeiro a dirigir as brasileiras na seleção. Colinas teve quase três meses de treinos para o Mundial tcheco.
Houve mudanças na estrutura da seleção masculina também, que terminaram igualmente sem resultado.
Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004, foi o técnico do Brasil no Mundial da Turquia, entre agosto e setembro, e o time terminou na inexpressiva nona posição.


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