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Apesar de treinador estrangeiro e de promessas da confederação de estruturar o basquete, Brasil cai antes das quartas no Mundial
Michal Cizek/France Presse
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A ala Sílvia disputa bola com a tcheca Eva Viteckova
República Tcheca 84
Brasil 70
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
A seleção feminina de basquete está próxima de amargar a pior campanha em um
Campeonato Mundial desde
1975. A derrota por 84 a 70
para a República Tcheca na
terceira rodada da segunda
fase, ontem, tirou o Brasil das
quartas de final da competição, que começam amanhã.
E agora o time vai disputar
o torneio de consolação, que
define as colocações do 9º ao
12º. O primeiro desafio é contra o Canadá, às 6h de amanhã, em Karlovy Vary.
Se perder, enfrenta o perdedor de Japão x Grécia. Uma
nova derrota faz com que a
seleção brasileira termine o
Mundial tcheco na 12ª posição. Posto que esteve pela última vez no torneio de 1975.
Seria um fracasso inversamente proporcional à expectativa colocada na gestão
do presidente Carlos Nunes
na CBB (Confederação Brasileira de Basquete).
Gaúcho, ex-presidente da
federação de seu Estado, assumiu no ano passado o posto até então ocupado por Gerasime Bozikis, o Grego, que
durou de 1997 a 2009.
Nunes prometeu "profissionalizar" a entidade e dar
estrutura para as seleções
voltarem a disputar títulos.
Ele contou com o apoio da
Brunoro Sports Business, de
José Carlos Brunoro, que angariou o patrocínio da Nike
para as seleções nacionais e
do Bradesco para a entidade.
Esses foram somados ao
patrocínio da Eletrobras, que
investe anualmente cerca de
R$ 11 milhões na CBB.
A Folha apurou que, só
em patrocínios, a confederação arrecada cerca de R$ 20
milhões anuais. Fora os recursos da Lei Piva, cujo último repasse foi de R$ 1,7 milhão, quase R$ 1 milhão a menos que a CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei), por causa dos maus resultados durante a gestão Grego.
O vôlei recebeu da lei federal R$ 2,5 milhões em 2009.
Dentro da quadra, o basquete feminino passou a contar com a ex-jogadora Hortência como diretora da categoria. Ela trouxe o espanhol
Carlos Colinas, primeiro estrangeiro a dirigir as brasileiras na seleção. Colinas teve
quase três meses de treinos
para o Mundial tcheco.
Houve mudanças na estrutura da seleção masculina
também, que terminaram
igualmente sem resultado.
Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004, foi o técnico do Brasil no Mundial da
Turquia, entre agosto e setembro, e o time terminou na
inexpressiva nona posição.
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