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FUTEBOL
Nome menos lembrado em pesquisa para ficar na reserva do quarteto, astro evita comparações com time de 2002
Intocável, Ronaldinho deseja o quinteto
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele tem a fama de não repetir
com a camisa da seleção brasileira
as jogadas mágicas que executa
no Barcelona. Mas Ronaldinho,
25, está em alta com a torcida. Na
pesquisa Datafolha que questionou qual dos astros ofensivos do
time deve ficar na reserva caso
Carlos Alberto Parreira opte pelo
quarteto, ele foi citado por apenas
5% dos entrevistados -foi o único que ficou abaixo dos 10%.
Ronaldinho foi indicado de forma quase uniforme, independentemente da região do país, da paixão clubística e do interesse pelo
esporte. No Sul, onde começou a
carreira, ele foi citado por 6% dos
entrevistados, apenas um ponto
percentual a mais do que no Sudeste e no Nordeste do país.
Em entrevista à Folha, concedida por e-mail, o camisa 10 do time
de Parreira agradece o "carinho",
mas vai na contramão dos torcedores, que preferem o quarteto ao
quinteto ofensivo.
"Quem não gostaria de estar
cercado de grandes jogadores?",
indaga o astro. Ronaldinho ainda
joga pelo Brasil duas vezes em
2005, contra os Emirados Árabes
e um combinado do Kuwait.
Folha - Como se sente sendo o
membro do "quarteto mágico" da
seleção mais prestigiado pelos torcedores brasileiros?
Ronaldinho - Fico muito feliz
com o carinho dos torcedores. Isso só me dá mais motivação para
continuar trabalhando em busca
do hexacampeonato. Espero retribuir esse carinho.
Folha - Você gostaria de jogar
num quinteto, com Robinho, Kaká,
Ronaldo e Adriano ao seu lado?
Ronaldinho - Lógico. Quem não
gostaria de estar cercado de grandes jogadores como esses? Mas
esse tipo de decisão fica nas mãos
do professor Parreira.
Folha - Acha que seu desempenho na seleção melhorou com o novo esquema?
Ronaldinho - Quanto mais jogamos juntos, melhor fica nosso entrosamento e melhor fica o desempenho de toda a equipe.
Folha - Acha que seu desempenho na seleção já está próximo ao
que mostra no Barcelona?
Ronaldinho - Procuro jogar na
seleção brasileira o mesmo futebol que jogo no Barcelona. Com
alegria e objetividade.
Folha - A seleção atual é melhor
do que a de 2002?
Ronaldinho - Não dá para comparar. São outros jogadores, outra
época, outro técnico. Mas jogar
na seleção é sempre uma honra e
um prazer. Sempre defendi, e
sempre vou defender, a camisa do
Brasil da melhor forma.
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