São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Nome menos lembrado em pesquisa para ficar na reserva do quarteto, astro evita comparações com time de 2002

Intocável, Ronaldinho deseja o quinteto

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele tem a fama de não repetir com a camisa da seleção brasileira as jogadas mágicas que executa no Barcelona. Mas Ronaldinho, 25, está em alta com a torcida. Na pesquisa Datafolha que questionou qual dos astros ofensivos do time deve ficar na reserva caso Carlos Alberto Parreira opte pelo quarteto, ele foi citado por apenas 5% dos entrevistados -foi o único que ficou abaixo dos 10%.
Ronaldinho foi indicado de forma quase uniforme, independentemente da região do país, da paixão clubística e do interesse pelo esporte. No Sul, onde começou a carreira, ele foi citado por 6% dos entrevistados, apenas um ponto percentual a mais do que no Sudeste e no Nordeste do país.
Em entrevista à Folha, concedida por e-mail, o camisa 10 do time de Parreira agradece o "carinho", mas vai na contramão dos torcedores, que preferem o quarteto ao quinteto ofensivo.
"Quem não gostaria de estar cercado de grandes jogadores?", indaga o astro. Ronaldinho ainda joga pelo Brasil duas vezes em 2005, contra os Emirados Árabes e um combinado do Kuwait.

Folha - Como se sente sendo o membro do "quarteto mágico" da seleção mais prestigiado pelos torcedores brasileiros?
Ronaldinho -
Fico muito feliz com o carinho dos torcedores. Isso só me dá mais motivação para continuar trabalhando em busca do hexacampeonato. Espero retribuir esse carinho.

Folha - Você gostaria de jogar num quinteto, com Robinho, Kaká, Ronaldo e Adriano ao seu lado?
Ronaldinho -
Lógico. Quem não gostaria de estar cercado de grandes jogadores como esses? Mas esse tipo de decisão fica nas mãos do professor Parreira.

Folha - Acha que seu desempenho na seleção melhorou com o novo esquema?
Ronaldinho -
Quanto mais jogamos juntos, melhor fica nosso entrosamento e melhor fica o desempenho de toda a equipe.

Folha - Acha que seu desempenho na seleção já está próximo ao que mostra no Barcelona?
Ronaldinho -
Procuro jogar na seleção brasileira o mesmo futebol que jogo no Barcelona. Com alegria e objetividade.

Folha - A seleção atual é melhor do que a de 2002?
Ronaldinho -
Não dá para comparar. São outros jogadores, outra época, outro técnico. Mas jogar na seleção é sempre uma honra e um prazer. Sempre defendi, e sempre vou defender, a camisa do Brasil da melhor forma.

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