DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), Ícaro Moreno Júnior, afirma que é difícil o esqui aquático ser realizado no Pan em uma das cinco lagoas da Baixada de Jacarepaguá.
""Falta apenas um ano e meio para o início do evento. Teríamos que fazer a dragagem e o esgotamento sanitário neste período. Acho muito difícil", disse Júnior. A Serla é o órgão responsável pelas lagoas fluminenses.
A superintendência estava dragando a lagoa da Tijuca, mas teve o trabalho interrompido há cerca de cinco meses pelo Ibama. O órgão federal alegou que a Serla cometia crime ambiental ao despejar detritos retirados da água em uma área de proteção ambiental, no entorno da Pedra da Panela. Também alegou que a entidade não tinha licença ambiental.
""Não aconselho ninguém a fazer esporte lá. A água está muito ruim. São anos de esgoto in natura sendo lançados lá", afirmou Ícaro.
O presidente da Serla disse que dificilmente o cheiro de ovo podre próximo da Vila do Pan causado pela liberação de gás sulfídrico e metano das águas do canal do Arroio Fundo acabará antes do início do evento.
""Ali é uma área crítica. As pessoas que estão construindo aquele condomínio teriam que levar em consideração a proximidade da favela de Rio das Pedras e das lagoas", disse Júnior.
Apesar do cenário degradado, o presidente da Serla crê que as lagoas do complexo de Jacarepaguá poderão ser recuperadas com o programa de despoluição do governo do Estado, que vai investir R$ 480 milhões em obras no mar, nas lagoas e nos rios da zona oeste.(SR)

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