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Com caos social e violência, África do Sul pena por 2010
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o Brasil, vai ser duro organizar uma Copa. Mas muito
mais difícil está sendo para a
África do Sul, sede de 2010.
Com gargalos parecidos com
os brasileiros, o país africano
ainda sofre com indicadores sociais muito piores.
Segundo dados coletados pela CIA, a agência de inteligência
norte-americana, a taxa de desemprego sul-africana é estimada em 25% (no Brasil ficou
abaixo dos 10% em 2006).
Também segundo a CIA, 21%
da população sul-africana adulta está infectada com o HIV, o
que coloca o país como o quinto
mais afetado pelo vírus no planeta. Dessa forma, a África do
Sul apresenta hoje um crescimento populacional negativo.
O governo não consegue reduzir os índices de violência.
No ano passado, foram quase
20 mil assassinatos para uma
população de 44 milhões.
Em 2004, segundo o mapa da
violência da OEI (Organização
dos Estados Ibero-Americanos), o Brasil teve quase 150%
mais assassinatos, mas com
uma população 330% maior.
As autoridades prometem
contratar pelo menos 8.000 policiais para o Mundial, mas o
plano não saiu do papel, assim
como a compra de ônibus especiais para a competição.
Mesmo que novos agentes de
segurança sejam contratados
para a Copa, existe a dúvida se
haverá tempo suficiente para o
treinamento deles.
Durante o Mundial, são esperados cerca de 350 mil turistas
estrangeiros em solo sul-africano. A capacidade da rede hoteleira de absorver tal contingente também é colocada em dúvida, já que um número enorme
de quartos já está reservado para pessoas ligadas diretamente
à organização da competição.
Drama mais forte acontece
na construção dos estádios
-serão cinco novos e outros
cinco reformados, em nove cidades diferentes. Praticamente
todos estão atrasados. O da Cidade do Cabo só deve ficar
pronto no início de janeiro de
2010, isso se nenhum novo problema acontecer.
Greves de trabalhadores, exigindo melhores condições de
trabalho, são outro entrave para a conclusão das arenas.
(PC)
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