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Arbitragem anula gol, e São Paulo triunfa no Rio
Clube lucra com marcação polêmica e chega aos mesmos 59 pontos do Grêmio
Botafogo 1
São Paulo 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Num jogo dramático, digno
de uma decisão, o São Paulo
venceu o Botafogo por 2 a 1 ontem à noite, no Engenhão, e se
igualou ao líder Grêmio, com
59 pontos na classificação.
Agora, apesar de se manter
em segundo lugar, o São Paulo
só fica atrás o rival gaúcho nos
critérios de desempate -tem
uma a vitória a menos. E tem
como próximo adversário, no
domingo, em casa, o Internacional, arqui-rival do Grêmio.
"Daqui para a frente vão ser
só finais para a gente. Foi um
jogo muito brigado, e merecemos vencer", afirmou o volante
Hernanes, autor do gol da vitória do clube tricolor.
Já o Botafogo viu sua chance
de lutar por uma vaga na Libertadores perder força, pois segue
com 49 pontos e se distancia do
pelotão de frente na tabela.
Após o jogo, o técnico Muricy
Ramalho falou que a vitória
dramática teve a cara do seu
São Paulo. "Não temos um
grande time. Temos muitas limitações, mas os jogadores brigaram muito dentro de campo
e conseguiram essa importante
vitória", falou o treinador.
O atual bicampeão nacional
iniciou o primeiro tempo à espera do Botafogo para explorar
os contra-ataques. Mas a cautela do time carioca fez o duelo se
concentrar no meio-campo.
O São Paulo teve mais a posse
de bola, mas oferecia pouco perigo. A melhor chance veio num
chute de Jorge Wagner que Renan se esticou para defender.
O Botafogo só ameaçou os visitantes no final do primeiro
tempo, mas tanto Jorge Henrique quanto Wellington Paulista foram anulados pelo trio defensivo são-paulino.
Na volta do intervalo, o técnico Muricy Ramalho disse que
um chute de longe poderia definir o jogo. Mas a falta de pontaria do São Paulo continuava no
início da segunda etapa.
Já Ney Franco fez duas substituições de uma vez e deixou o
Botafogo com três atacantes ao
colocar Fábio na equipe, mas
acabou punido pela falha de seu
goleiro. Renan repôs a bola nos
pés do volante Jean, que dominou na intermediária e, certeiro, encobriu o goleiro botafoguense aos 17min. Um golaço.
A desvantagem no placar fez
o Botafogo forçar o ataque, e o
empate não demorou a sair.
Rogério evitou o gol nos pés de
Fábio, mas Wellington Paulista
aproveitou cochilada de Miranda, pegou a sobra e fez 1 a 1.
O São Paulo, então, foi em
busca da vitória e, após nova falha do Botafogo e em bela jogada individual de Hernanes, voltou a ficar na frente, aos 29min.
O lance mais polêmico do jogo ocorreu em seguida. Lucas
Silva chutou, venceu Rogério e
voltou a empatar, mas o gol foi
anulado pelo bandeirinha, que
apontou impedimento, gerando revolta dos botafoguenses.
Irritado, o presidente do clube carioca, Bebeto de Freitas,
invadiu o campo e reclamou
muito com a arbitragem.
Disposto a garantir o resultado, Muricy sacou Dagoberto e
pôs o volante Bruno. Depois
disso, a catimba passou a imperar no Engenhão. Rogério sofreu uma entrada dura de Wellington Paulista e ficou no chão
pedindo atendimento.
O clima esquentou, com o
Botafogo cavando faltas, alçando bolas na área, e a defesa são-paulina suportando a pressão.
O juiz Sérgio Carvalho da Silva deu seis minutos de acréscimo, porém o São Paulo resistiu.
Colaborou a Sucursal do Rio
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