São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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Arbitragem anula gol, e São Paulo triunfa no Rio

Clube lucra com marcação polêmica e chega aos mesmos 59 pontos do Grêmio

Botafogo 1
São Paulo 2

DA REPORTAGEM LOCAL

Num jogo dramático, digno de uma decisão, o São Paulo venceu o Botafogo por 2 a 1 ontem à noite, no Engenhão, e se igualou ao líder Grêmio, com 59 pontos na classificação.
Agora, apesar de se manter em segundo lugar, o São Paulo só fica atrás o rival gaúcho nos critérios de desempate -tem uma a vitória a menos. E tem como próximo adversário, no domingo, em casa, o Internacional, arqui-rival do Grêmio.
"Daqui para a frente vão ser só finais para a gente. Foi um jogo muito brigado, e merecemos vencer", afirmou o volante Hernanes, autor do gol da vitória do clube tricolor.
Já o Botafogo viu sua chance de lutar por uma vaga na Libertadores perder força, pois segue com 49 pontos e se distancia do pelotão de frente na tabela.
Após o jogo, o técnico Muricy Ramalho falou que a vitória dramática teve a cara do seu São Paulo. "Não temos um grande time. Temos muitas limitações, mas os jogadores brigaram muito dentro de campo e conseguiram essa importante vitória", falou o treinador.
O atual bicampeão nacional iniciou o primeiro tempo à espera do Botafogo para explorar os contra-ataques. Mas a cautela do time carioca fez o duelo se concentrar no meio-campo.
O São Paulo teve mais a posse de bola, mas oferecia pouco perigo. A melhor chance veio num chute de Jorge Wagner que Renan se esticou para defender.
O Botafogo só ameaçou os visitantes no final do primeiro tempo, mas tanto Jorge Henrique quanto Wellington Paulista foram anulados pelo trio defensivo são-paulino.
Na volta do intervalo, o técnico Muricy Ramalho disse que um chute de longe poderia definir o jogo. Mas a falta de pontaria do São Paulo continuava no início da segunda etapa.
Já Ney Franco fez duas substituições de uma vez e deixou o Botafogo com três atacantes ao colocar Fábio na equipe, mas acabou punido pela falha de seu goleiro. Renan repôs a bola nos pés do volante Jean, que dominou na intermediária e, certeiro, encobriu o goleiro botafoguense aos 17min. Um golaço.
A desvantagem no placar fez o Botafogo forçar o ataque, e o empate não demorou a sair. Rogério evitou o gol nos pés de Fábio, mas Wellington Paulista aproveitou cochilada de Miranda, pegou a sobra e fez 1 a 1.
O São Paulo, então, foi em busca da vitória e, após nova falha do Botafogo e em bela jogada individual de Hernanes, voltou a ficar na frente, aos 29min.
O lance mais polêmico do jogo ocorreu em seguida. Lucas Silva chutou, venceu Rogério e voltou a empatar, mas o gol foi anulado pelo bandeirinha, que apontou impedimento, gerando revolta dos botafoguenses.
Irritado, o presidente do clube carioca, Bebeto de Freitas, invadiu o campo e reclamou muito com a arbitragem.
Disposto a garantir o resultado, Muricy sacou Dagoberto e pôs o volante Bruno. Depois disso, a catimba passou a imperar no Engenhão. Rogério sofreu uma entrada dura de Wellington Paulista e ficou no chão pedindo atendimento.
O clima esquentou, com o Botafogo cavando faltas, alçando bolas na área, e a defesa são-paulina suportando a pressão.
O juiz Sérgio Carvalho da Silva deu seis minutos de acréscimo, porém o São Paulo resistiu.

Colaborou a Sucursal do Rio



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