São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Brasil fica atrás de Cuba, de novo

PAN Com arrancada no final, caribenhos são superados só pelos EUA no quadro de medalhas

DE SÃO PAULO

Pela 11ª edição consecutiva de Pan, a história vai se repetir, e o Brasil ficará atrás de Cuba no quadro de medalhas do evento continental.
Até o fechamento desta edição, a ilha caribenha -que levou a Guadalajara uma delegação menor do que ao Pan do Rio, em 2007- somava 56 medalhas de ouro, 34 de prata e 43 de bronze.
Já a delegação brasileira acumulava 46 topos de pódio, 34 segundos lugares e 58 terceiras colocações.
Mesmo que o Brasil conquistasse os ouros em disputa ontem à noite e hoje, não conseguiria terminar o evento continental em segundo.
Em Guadalajara, a disputa entre os dois países foi tão acirrada quanto à do último Pan. No México, o Brasil se manteve em segundo no quadro de medalhas até o antepenúltimo dia do evento.
A ultrapassagem cubana ocorreu anteontem graças sobretudo ao desempenho nas pistas e nos ringues. Neste dia, os atletas de Cuba arrebataram sete ouros no atletismo e quatro no boxe. Ainda subiram duas vezes no topo do pódio da canoagem e outras duas no judô.
O Brasil, por sua vez, somou só seis ouros anteontem, permitindo a virada cubana.
A vice-liderança no quadro de medalhas foi celebrada ontem pelo jornal oficial cubano, Gramma, que estampou em seu site o título "Cuba em segundo lugar".
O ex-ditador Fidel Castro comemorou também o feito em um artigo publicado ontem na imprensa local.
"Nosso país está orgulhoso de seus jovens, que são um exemplo para o mundo pela sua abnegação e espírito de solidariedade", escreveu o ex-ditador, que tornou a ilha uma potência esportiva.
"Felicito vocês [atletas] cordialmente. Ninguém poderá roubar o lugar de honra que conquistaram", disse Fidel, que também deve estar satisfeito com o fato de nenhum de seus atletas ter desertado em Guadalajara, ao contrário do que ocorreu no Pan do Rio, há quatro anos.
O ex-ditador costuma se queixar avidamente do assédio realizado por agentes estrangeiros para tirar atletas cubanos de seu país.
Ontem, os cubanos se consolidaram como vice-líderes do quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Tradicional potência do continente, a ilha de Fidel Castro não foi a Guadalajara com sua força máxima. Neste Pan, tem 447 atletas contra os 483 de 2007.
Por questões políticas, boicotou os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, em 2010, e perdeu o classificatório de seis modalidades. Pelos mesmos motivos, não foi a outros eventos, como o Pan-Americano de levantamento de peso, nos EUA, e o Centro-Americano feminino de basquete, disputado em Porto Rico.
Os levantadores de peso ainda conseguiram participar de outro qualificatório. A seleção feminina de basquete, que tradicionalmente conquista medalhas para o país, ficou fora do evento.

Com as agências de notícias



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