São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2004

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FUTEBOL

Gaúcho disputa o prêmio de melhor do ano com Henry e Shevchenko

Ronaldinho puxa o Brasil que dribla em festa da Fifa

DA REPORTAGEM LOCAL

Com Ronaldinho como abre-alas, o Brasil tem a chance de uma consagração inédita na eleição dos melhores de 2004 pela Fifa.
E, no lugar dos gols de Ronaldo e Romário, é a fantasia do drible que puxa as chances do país.
A entidade mundial indicou ontem os finalistas para os prêmios que serão entregues no próximo dia 20 de dezembro. Entre os homens, Ronaldinho disputa o título de melhor do ano com o francês Henry, do Arsenal, e o ucraniano Shevchenko, do Milan. Nenhum dos três já foi eleito pela Fifa o melhor de uma temporada.
O Brasil tem a chance de ganhar mais três prêmios. Pela primeira vez na história, uma mulher do país está entre as três finalistas. Dribladora e criativa como Ronaldinho, a meia Marta, 19, disputa o feito com a alemã Birgit Prinz e a americana Mia Hamm.
A alagoana estréia na disputa contra as duas jogadoras que dominam a escolha da Fifa -Hamm foi eleita em 2001 e 2002, e Prinz, no ano passado.
O Brasil tem duas outras chances de premiação, e a vitória nesses casos parecem quase certas.
Pela primeira vez, a Fifa vai escolher o melhor jogador de futsal do ano. Com uma campanha avassaladora no Mundial que está sendo disputado em Taiwan, será difícil o prêmio escapar do Brasil.
E a lista dos favoritos tem jogadores que usam o drible como principal arma -o ala Falcão é um grande exemplo disso.
Por fim, o time de Carlos Alberto Parreira deve ganhar o prêmio de seleção do ano, já que a Fifa em geral usa seu ranking para definir o dono do troféu. O Brasil segue no topo dele com folga.
Para ser o quarto brasileiro a faturar o título de melhor do ano (Romário, Rivaldo e Ronaldo já levaram os seus), Ronaldinho enfrentará um júri diferente.
Até o ano passado, só os treinadores das seleções votavam. Agora, os capitães dos times nacionais e uma associação de jogadores profissionais também irá influir no resultado da eleição.
Com o novo sistema, nomes que dominaram o prêmio nos últimos anos não ficaram entre os finalistas. E quem mais sofreu com isso foram os "galácticos" do Real Madrid. Jogadores que estão hoje na equipe espanhola ganharam sete das últimas oito edições da Fifa. Seis atletas do badalado Real já ficaram entre os top 3.
Ronaldo esteve nessa situação por cinco oportunidades. Desde 1996 ele só não figurou entre os finalistas entre 1999 e 2001, quando sofreu seu calvário de contusões.
O atacante não cansa de repetir que o colega de seleção merece a honraria que ele ganhou três vezes. "Meu voto é para o Ronaldinho", disse Ronaldo, em sintonia com os paulistanos com "muito interesse" por futebol, que apontaram preferência pelo jogador do Barcelona em pesquisa Datafolha.


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