São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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CBF muda o discurso e proíbe, provisoriamente, 14 estádios

Arenas barradas no início da Copa do Brasil devem ser usadas em outras fases

FABIO GRIJÓ
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

A CBF vetou 14 dos 66 estádios previstos para jogos da Copa do Brasil, porém abriu a possibilidade de as arenas serem utilizadas na segunda fase. O torneio começa no dia 13.
Antes, a confederação, que liberou os quatro estádios previstos para a Libertadores-08, tinha determinado que o veto valeria para toda a Copa do Brasil aos clubes que não apresentassem os laudos exigidos de seus estádios até anteontem.
Em comunicado na quinta-feira passada, está escrito no site da CBF: "A Diretoria de Competições deixa claro, mais uma vez, que os estádios que não estiverem com a situação regularizada até a terça-feira, dia 29 de janeiro, não serão utilizados na competição, sendo substituídos por outro estádio do mesmo ou de outro Estado".
Ontem, ao anunciar o balanço das arenas, a entidade informou: "Vale esclarecer que os 14 estádios em questão poderão ser liberados para a segunda fase da Copa do Brasil (nos dias 19 de março, 2 e 9 de abril), desde que regularizem as situações dos seus laudos técnicos".
Dentre os principais estádios do país vetados, está o Pacaembu, onde o Corinthians prefere mandar jogos. No duelo com o Barras, do Piauí, os dois clubes terão que buscar alternativas como mandante. Em Teresina, o Albertão, que seria o palco do jogo de ida, já está vetado pela CBF e pode ser interditado. O Ministério Público do Piauí pediu à Justiça a sua interdição.
"Não há a mínima condição de haver um evento naquele local. Pode ocorrer um acidente a qualquer hora, como aconteceu na Bahia [onde sete pessoas morreram]", disse a promotora Maria das Graças Teixeira.
A medida do Ministério Público ocorreu após vistoria do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), no dia 16 passado, que apontou uma série de irregularidades, como a corrosão de parte das arquibancadas.
Virgílio Elísio, diretor técnico da CBF, foi indiciado pela morte de sete pessoas na Fonte Nova no ano passado, o que levou a entidade que rege o futebol brasileiro a ter mais rigor com os laudos dos estádios.


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