São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Seleção da África


Estrelas do torneio em Gana encarariam de peito aberto um duelo com os times dos sonhos de Conmebol e Uefa


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

D ENTRE AS disputas alternativas discutidas nos últimos meses pela Conmebol, está uma partida entre uma seleção da América do Sul e uma seleção da Europa, um duelo que, imagino, não sairá do papel, mas que teria estrelas e despertaria grande curiosidade. É no mínimo divertido pensar quais atletas formariam esses times (Kaká, Messi, Riquelme e Robinho contra Cristiano Ronaldo, Henry, Rooney e Totti, por exemplo). Mas e a África? Já pensou nessa seleção?
El Hadary; Eboué, Kolo Touré, Hany Said e Taye Taiwo; Essien, Mikel e Yaya Touré; Zidan; Eto'o e Drogba. Eis um esboço de uma equipe-base da Copa da África, que vê mais uma vez a Costa do Marfim como a equipe mais bacana e mais temida. Diarra, Dindane, Kalou, Kameni, Kanouté, Kanu, Koné, Martins, Muntari, Pienaar, Yakubu e Zokora seriam só algumas das ótimas opções para o respeitável banco de reservas. Não seria estranho até se esse grupo vencesse triangular com as seleções de Conmebol e Uefa.
Inegavelmente, o melhor da África hoje está entre o melhor da Europa e do planeta. A quantidade de excelentes atacantes do continente é monstruosa, e dá para pescar hoje defensores de altíssimo nível, como Kolo Touré. Em que posição ficaria a Costa do Marfim na Copa América? E na Eurocopa? Não sei, mas o time seria mais atraente que vários rivais.
Um dos destaques do Estadual do Rio é o camaronês Steve, que, pelo modesto Macaé, brilhou contra o Fluminense dos três atacantes. Steve não é craque, mas ajuda a pensar: com a abertura maior do futebol brasileiro para estrangeiros, por que a presença africana aqui ainda é tão tímida? Há ligas periféricas na Europa especializadas em receber o pé-de-obra africano e revendê-lo por preços vultosos. Os clubes brasileiros poderiam encontrar boas oportunidades na África, que é logo ali.
Em competições de base e mesmo na Copa da África, com 56,5% de atletas ""europeus", é possível descobrir os potenciais Drogbas e Eto'os. Quem olhar para o continente só no mata-mata da Copa da África irá apenas admirar o caro produto final.

HAVANT & WATERLOOVILLE
Confesso que, mesmo fã do Liverpool, torci pelo simpático time que perdeu heroicamente por 5 a 2 no Anfield Road (esteve duas vezes na frente, levando um 2 a 2 para o intervalo) e deixou feliz a Copa da Inglaterra (e a Inglaterra). Lamento não ter conseguido comprar ainda camisa ou cachecol do jogo (saíam por uns R$ 25, segundo o site do clube). Agora, é voltar para a realidade na Blue Square South, liga que mal pode ser chamada de sexta divisão (há dezenas como ela), onde as ""Águias" estão só em 14º lugar.

LIBERTADORES
Flu, cuidado com Arsenal e Libertad. E não falo aqui do extracampo.

rbueno@folhasp.com.br


Texto Anterior: 3° uniforme: Clube lança camisa roxa
Próximo Texto: No 1º revés, Luxemburgo fala em título
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.