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Sem opção, Muricy usa até quem não quer no Palmeiras
Com elenco reduzido, treinador é forçado a escalar contra o Corinthians atletas que haviam perdido espaço no time
Barrado da última partida, Armero deverá herdar vaga de Gabriel Silva, lesionado, enquanto William ressurge como opção no meio-campo
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Muricy Ramalho começou o
ano pensando em quem viria,
depois se virou com o que tinha, e agora, contra o Corinthians, terá de apelar a atletas
que hoje dificilmente escalaria.
O elenco cada vez mais enxuto e a falta de peças de reposição deverão, por exemplo, garantir uma nova chance ao lateral-esquerdo Armero, afastado
do time titular após o 3 a 3 com
o Ituano, no domingo passado.
Naquela partida, o treinador
e parte da diretoria se irritaram
não só com as falhas do jogador,
que deram origem a dois gols
do rival, mas com o comportamento do atleta, que, nas palavras de Muricy, deveria ter deixado o campo "de cara feia".
O colombiano, titular da seleção, não foi nem relacionado
para a partida seguinte, diante
do Monte Azul. Em seu lugar
entrou Gabriel Silva, que se
destacou na Copa São Paulo.
Dando sequência à onda de
lesões que tem atrapalhado o
treinador, a promessa das categorias de base sentiu um estiramento na coxa esquerda durante o jogo, razão pela qual ele ficará um mês fora de combate.
Assim, ou Muricy ignora sua
insatisfação e resgata Armero
para o conjunto titular, ou terá
de escalar Eduardo, atleta ainda em busca de afirmação, trazido do Guarani. Outra opção
menos provável seria improvisar Wendel, destro, na esquerda, algo já testado em 2009.
"Ainda vamos decidir o que é
melhor. O Armero pode reaparecer. Infelizmente o garoto
[Gabriel Silva] não poderá ter
uma sequência, o que seria
bom. Pode ser o Armero ou o
Eduardo", despistou Muricy.
Outro jogador que deverá ser
utilizado à revelia da preferência do treinador é William.
O atleta, revelado pelo próprio Palmeiras, rodou durante
dois anos por clubes menores
até voltar para casa neste ano.
Chegou como possível solução
para a ausência de meias criativos no elenco, mas não empolgou o comandante e durou apenas um jogo no time titular.
Ele poderá reaparecer hoje
entre os 11 que iniciarão o clássico só porque os dirigentes negociaram Deyvid Sacconi com o
Nantes, da França, anteontem.
Apesar de ter passado dois
anos no Parque Antarctica,
Sacconi só pareceu ter engrenado nesta temporada. Já havia
marcado dois gols e formava, ao
lado de Cleiton Xavier, o setor
mais cerebral do Palmeiras.
Também neste caso, ou Muricy oferece uma nova oportunidade a William ou terá de recorrer a nomes incertos do
elenco, como João Arthur, outro que foi pinçado da base devido à escassez de jogadores.
A situação atual é explicada
por dois motivos. Primeiro, pela inércia da diretoria, pelo menos até o momento, para qualificar o grupo. Depois, pela série
de lesões que atingiram alguns
dos principais nomes do time.
Dos grandes de São Paulo, o
Palmeiras foi o que menos se
reforçou: chegaram Léo, Márcio Araújo, Eduardo e Edinho.
Se na pré-temporada os boatos apontavam para Kléber e
Valdivia, agora já se fala em peças menos conhecidas, como
Pablo Velázquez, do Libertad
(Paraguai). "Está um pouco difícil porque esbarra na parte
econômica", lamenta Muricy.
Além disso, de uma só vez a
equipe perdeu três jogadores, o
goleiro Marcos, o zagueiro Léo
e o meia Diego Souza, que se
uniram a Maurício Ramos e
Bruno no departamento médico. Para o clássico, apenas Marcos tem retorno garantido.
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