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Mundial impulsiona futebol em 3D na TV
Canais nos EUA e no Reino Unido já
testam com êxito a nova tecnologia
Pubs britânicos exibem hoje
clássico do Inglês em três
dimensões e ESPN lançará
canal só com esse conteúdo
no dia da abertura da Copa
SANDRO MACEDO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se a consagração do filme
"Avatar", de James Cameron,
como maior bilheteria mundial
da história já comprovou que o
público adotou o 3D como um
novo jeito de ver cinema, agora
começa a chegar a vez da nova
tecnologia alterar a maneira de
assistir a eventos esportivos.
Hoje à tarde, em pubs de
Londres, Manchester, Cardiff,
Edimburgo e Dublin, algumas
centenas de torcedores afortunados poderão acompanhar os
lances do clássico entre Arsenal
e Manchester United em três
dimensões. Será a primeira
transmissão mundial ao vivo de
uma partida em 3D. E foi justamente o diretor James Cameron quem deu suporte aos técnicos britânicos na realização.
"A passagem da transmissão
em preto e branco para colorida foi um dos grandes momentos da televisão. Com o 3D, traremos uma profundidade que
não se obtém com os meios tradicionais. É preciso ver para
crer", diz Darren Long, diretor
de operações da Sky Sports.
A emissora inglesa, responsável pela exibição do clássico,
pretende ampliar as transmissões com a tecnologia até abril.
Além da Premier League, rúgbi
e golfe são os alvos.
Nos EUA, a ESPN planeja a
inauguração de um canal inteiramente em 3D. E a data para a
estreia não poderia ser mais
auspiciosa: 11 de junho, dia da
abertura da Copa da África do
Sul, quando será exibida, em
três dimensões, a partida entre
África do Sul e México.
Durante a Copa, a emissora
fará a captação e transmissão
de outros 24 jogos em três dimensões. Para preencher a
programação, seu canal 3D terá
partidas da NBA (liga profissional de basquete) e eventos do
X-Games (esportes radicais),
além de jogos de basquete e futebol americano universitários.
Não é de hoje que a emissora
capta eventos esportivos com a
nova tecnologia. "Estamos testando o 3D há mais de dois
anos", conta André Quadra, diretor de marketing da ESPN no
Brasil. Em setembro do ano
passado, a emissora captou um
jogo de futebol americano entre as universidades de Califórnia e Ohio. O resultado foi exibido com sucesso no campus da
universidade californiana e em
cinemas de três Estados.
No Brasil, eventos esportivos
nunca foram filmados em 3D.
Mais do que captação, falta
ainda no Brasil a TV propriamente dita, que, como nos cinemas, necessita de um óculos especial para dar o efeito de profundidade característico do 3D.
Após demonstrações neste
mês na feira mundial de eletrônicos em Las Vegas, grandes fabricantes começarão a vender
os aparelhos em abril, mas só
nos EUA, na Europa e no Japão. A Panasonic deve ser a primeira a comercializar TVs 3D
-ainda não há preço definido.
"Temos esperanças de começar a vender aqui neste ano",
estima Lúcio Pereira, gerente
de comunicação e propaganda
da Sony. A Samsung também
planeja introduzir modelos no
mercado brasileiro em 2010.
Se as emissoras precisam dos
aparelhos nas lojas para investir na captação, fabricantes reclamam justamente da falta de
conteúdo no Brasil para lançar
as TVs no mercado.
"Não é interessante oferecer
um equipamento sem que o
consumidor possa desfrutar
deste diferencial. O conteúdo
será preponderante para o lançamento das TVs no Brasil", argumenta Daniel Kawano, analista de produto da Panasonic.
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