São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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PRANCHETA DO PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

O plano perfeito

ADILSON BATISTA observou o que o São Paulo tem de pior, a marcação de Juan, e montou seu time para atacar por ali. Acertou em cheio! Carpegiani, não.
Errou feio e, refém de seu sistema tático, escalou Fernandão aberto pela direita numa linha de quatro meio- -campistas. Demorou para corrigir. No primeiro tempo, ficou sem centroavante e sem meio-campo.
Quando acertou com Marlos de um lado, Fernandinho do outro, poderia ter empatado. Se você preferir fugir dos erros e acertos de estratégia, pode resumir o clássico em uma frase: o São Paulo perdeu para o melhor time do Paulistão.
Adilson não resumiu sua estratégia à parte ofensiva. Percebeu que o ataque do São Paulo teria dois jogadores de velocidade, Dagoberto e Fernandinho, e escalou Adriano para marcar um deles -Fernandinho, na maior parte do tempo. Era quase terceiro zagueiro.
No primeiro tempo de Fernandão aberto à direita, Possebom o perseguia. O São Paulo só melhorou depois dos 30 da primeira etapa, quando a defesa santista começou a travar o jogo com faltas. "Temos de nos preocupar com a bola parada deles", disse Adilson antes da partida. O São Paulo complicou um pouco mais depois do intervalo, com Fernandão na faixa central, mais distante da linha lateral. Aí, deu jogo!
Com Marlos na direita, Fernandinho na esquerda, Fernandão centroavante, o tricolor chutou até bola na trave. Mas passou a ter um volante só, Rodrigo Souto. Quer dizer, Elano livre.
Em uma das raras estocadas do paciente time de Adilson Batista, Elano recebeu na entrada da área, anunciou o chute e, desmarcado, disparou. A falha de Rogério foi o prêmio à estratégia. Se o Santos planejou ganhar com Maikon Leite, venceu até com gol dele.

O OUTRO LÍDER
Com Chico, Felipão planeja ter mais variedade tática. Ele pode ser líbero ou volante, e Cicinho, ala ou lateral. O autor de um dos gols da vitória sobre a Lusa vai ao ataque e é opção pela direita. Outra mudança: Kleber tem um parceiro de ataque e rende mais. A terceira mudança é a paz. O elenco não ouve desaforos, confia que a diretoria pagará o que deve e se concentra nos treinos. O Palmeiras só sabia marcar. Agora, também joga.


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