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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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VÔLEI

A batalha continua

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A batalha entre Suzano e Unisul por uma vaga na final da Superliga Nacional termina amanhã, em Florianópolis. Com duas vitórias para cada lado, o local do jogo não parece decisivo, já que cada um dos times venceu na casa do adversário. O equilíbrio promete ser total.
O certo é que no sábado o time do Suzano era o favorito para fechar a série. Havia vencido o jogo anterior em Santa Catarina e iria jogar no seu ginásio. Mas a equipe, que geralmente erra pouco, tropeçou na própria ansiedade e cometeu muitas falhas. Deu 33 pontos com erros ao adversário.
Mas a Unisul tem seus méritos. E um deles tem nome: André Hel- ler, um dos candidatos a melhor jogador da temporada. No sábado, ele foi o maior pontuador do jogo, algo raro para um central. Fez 23 pontos. No ataque, bateu 24 bolas, colocou 17 no chão. Uau! Mais: marcou cinco pontos de bloqueio e um ace.
Os dois times têm trajetórias diferentes na Superliga. A Unisul é a dona da melhor campanha na fase de classificação e foi um time regular ao longo da competição. O Suzano teve problemas no início do torneio com a saída do atacante Giovane, mas foi crescendo e chegou forte à fase decisiva.
O técnico Ricardo Navajas tem feito um rodízio no time titular entre os ponteiros e os opostos. Manius, Maurício, Rodrigo e Luís Diaz têm se alternado na ponta de rede. Rodrigo também tem se revezado na saída de rede com Leandro, o superatacante de 2,12 m de altura que tem sido um dos destaques da equipe.
Difícil apontar um favorito. No confronto entre dois times tão parelhos, o que decide mesmo é o emocional. Jogar em casa muitas vezes é uma vantagem, mas também pode ser uma pressão a mais, como aconteceu anteontem com o time de Suzano. Hoje, vou ficar em cima do muro. Não consigo arriscar um palpite.
Quem vencer vai pegar a Ulbra, do levantador Ricardinho, que está dando um show de bola. Aliás, o técnico Marcelo Frockowiak tem uma história legal. Ele conta que, quando Ricardinho se apresentou no início da temporada, disse: "Eu vim para comandar este time para ele ir longe". E foi longe. Já está nas finais.
Quem também está rindo à toa é Marcelo Negrão. Depois de quase dois anos de sofrimento por causa de uma contusão no joelho, ele está voltando bem. Foi o maior pontuador nos dois últimos jogos da Ulbra contra o Banespa. E já sonha alto: quer repetir o feito de Ronaldinho, que teve a mesma contusão que ele e foi campeão da Copa do Mundo.
Já no feminino não há mistério. O BCN/Osasco passou fácil pelo Rexona. Com mais uma vitória na quinta-feira, já está na final. Já o técnico do Rexona, Hélio Griner, é o candidato ao troféu de mais mal-humorado do torneio feminino. É o técnico que mais broncas dá no time, principalmente na Raquel e na Sassá.
Já o Campos, quem diria, conseguiu a façanha da semana: venceu ontem o favorito Minas por 3 a 2. Foi um jogão e uma grande vitória. Os dois agora estão empatados com uma vitória na série de cinco partidas das semifinais.

Italiano
A duas rodadas para o fim da fase de classificação do Campeonato Italiano, já estão definidos sete times para as quartas-de-final. Entre eles estão o Modena, de Dante, o Macerata, de Nalbert, e o Ferrara, de Giba e Gustavo. As outras equipes são as seguintes: Sisley, Milano, Latina e Trentino. O Cuneo, de Giovane, ainda luta pela última vaga com o Perugia.

Força russa
Depois de 12 anos, uma equipe russa voltou a vencer a Liga dos Campeões da Europa. O Lokomotiv Belgorod, com a base da seleção da Rússia, derrotou na final o Modena, de Dante, por 3 sets a 0. Nas 11 últimas edições, os títulos ficaram dez vezes com equipes da Itália e uma com um time da França.

E-mail cidasan@uol.com.br


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