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VÔLEI
A batalha continua
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A batalha entre Suzano e
Unisul por uma vaga na final da Superliga Nacional termina amanhã, em Florianópolis.
Com duas vitórias para cada lado, o local do jogo não parece decisivo, já que cada um dos times
venceu na casa do adversário. O
equilíbrio promete ser total.
O certo é que no sábado o time
do Suzano era o favorito para fechar a série. Havia vencido o jogo
anterior em Santa Catarina e iria
jogar no seu ginásio. Mas a equipe, que geralmente erra pouco,
tropeçou na própria ansiedade e
cometeu muitas falhas. Deu 33
pontos com erros ao adversário.
Mas a Unisul tem seus méritos.
E um deles tem nome: André Hel-
ler, um dos candidatos a melhor
jogador da temporada. No sábado, ele foi o maior pontuador do
jogo, algo raro para um central.
Fez 23 pontos. No ataque, bateu
24 bolas, colocou 17 no chão. Uau!
Mais: marcou cinco pontos de
bloqueio e um ace.
Os dois times têm trajetórias diferentes na Superliga. A Unisul é
a dona da melhor campanha na
fase de classificação e foi um time
regular ao longo da competição.
O Suzano teve problemas no início do torneio com a saída do atacante Giovane, mas foi crescendo
e chegou forte à fase decisiva.
O técnico Ricardo Navajas tem
feito um rodízio no time titular
entre os ponteiros e os opostos.
Manius, Maurício, Rodrigo e Luís
Diaz têm se alternado na ponta
de rede. Rodrigo também tem se
revezado na saída de rede com
Leandro, o superatacante de 2,12
m de altura que tem sido um dos
destaques da equipe.
Difícil apontar um favorito. No
confronto entre dois times tão parelhos, o que decide mesmo é o
emocional. Jogar em casa muitas
vezes é uma vantagem, mas também pode ser uma pressão a mais,
como aconteceu anteontem com
o time de Suzano. Hoje, vou ficar
em cima do muro. Não consigo
arriscar um palpite.
Quem vencer vai pegar a Ulbra,
do levantador Ricardinho, que está dando um show de bola. Aliás,
o técnico Marcelo Frockowiak
tem uma história legal. Ele conta
que, quando Ricardinho se apresentou no início da temporada,
disse: "Eu vim para comandar este time para ele ir longe". E foi
longe. Já está nas finais.
Quem também está rindo à toa
é Marcelo Negrão. Depois de quase dois anos de sofrimento por
causa de uma contusão no joelho,
ele está voltando bem. Foi o
maior pontuador nos dois últimos jogos da Ulbra contra o Banespa. E já sonha alto: quer repetir o feito de Ronaldinho, que teve
a mesma contusão que ele e foi
campeão da Copa do Mundo.
Já no feminino não há mistério.
O BCN/Osasco passou fácil pelo
Rexona. Com mais uma vitória
na quinta-feira, já está na final.
Já o técnico do Rexona, Hélio Griner, é o candidato ao troféu de
mais mal-humorado do torneio
feminino. É o técnico que mais
broncas dá no time, principalmente na Raquel e na Sassá.
Já o Campos, quem diria, conseguiu a façanha da semana: venceu ontem o favorito Minas por 3
a 2. Foi um jogão e uma grande
vitória. Os dois agora estão empatados com uma vitória na série de
cinco partidas das semifinais.
Italiano
A duas rodadas para o fim da fase de classificação do Campeonato
Italiano, já estão definidos sete times para as quartas-de-final. Entre
eles estão o Modena, de Dante, o Macerata, de Nalbert, e o Ferrara, de
Giba e Gustavo. As outras equipes são as seguintes: Sisley, Milano,
Latina e Trentino. O Cuneo, de Giovane, ainda luta pela última vaga
com o Perugia.
Força russa
Depois de 12 anos, uma equipe russa voltou a vencer a Liga dos Campeões da Europa. O Lokomotiv Belgorod, com a base da seleção da
Rússia, derrotou na final o Modena, de Dante, por 3 sets a 0. Nas 11
últimas edições, os títulos ficaram dez vezes com equipes da Itália e
uma com um time da França.
E-mail cidasan@uol.com.br
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