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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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FUTEBOL

Equipes que ganharam as outras quatro Copas não sofreram tanto nos jogos que vieram na sequência do Mundial

Seleção penta é a pior na fase pós-título

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL AO PORTO

A base é a mesma dos tempos de glória, mas a seleção penta é, entre as cinco que foram campeãs mundiais, a com pior desempenho nos jogos seguintes ao título.
Com a derrota de anteontem por 2 a 1 diante de Portugal, a seleção nacional acumula em quatro jogos, após a final da Copa-2002, uma vitória magra sobre a Coréia do Sul (3 a 2), um empate contra a medíocre China (0 a 0) e duas derrotas para os medianos times do Paraguai (0 a 1) e de Portugal.
Nas quatro vezes anteriores em que o Brasil foi campeão (1958, 62, 70 e 94), o recomeço foi muito melhor. Dos quatro jogos depois do penta, dois (o de anteontem e o contra a China) foram com Carlos Alberto Parreira no comando, mas o treinador não vê motivos para preocupação, principalmente com seu esquema, que abandona o sistema de três zagueiros utilizados por Luiz Felipe Scolari, o novo técnico de Portugal.
"Considero essa partida [contra Portugal] como a primeira do meu trabalho, já que contra a China, pelas dificuldades que tivemos de preparação, não conta. Assim, o problema não é o esquema", afirmou Parreira, que mantém a mesma base vitoriosa do penta.
Dos 11 jogadores que começaram a partida contra Portugal, nove também eram titulares no último Mundial. O que atrapalha é o desempenho ruim de jogadores "inventados" por Scolari e que brilharam na campanha do penta.
No duelo contra os portugueses, Gilberto Silva, por exemplo, não mostrou a mesma classe na marcação. O volante cometeu sete faltas, recorde da equipe e mais do que o dobro da sua média no fundamento no Mundial.
Kleberson, agora com mais responsabilidades na marcação, não repetiu contra os portugueses o estilo criativo da Copa -ontem tentou só um drible e não conseguiu uma assistência decisiva.
Apesar do início ruim, Parreira não deve fazer profundas mudanças para o próximo amistoso, contra o México, no final de abril.
Uma das poucas mudanças em relação ao time que jogou anteontem pode acontecer no gol. O treinador pretende alternar Marcos e Dida antes de definir o titular.


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