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Corinthians passa sufoco, vence, mas segue na berlinda
Time, que empatava até os 35min, resultado que o eliminava, vê André Santos fazer 2 e manter chances de classificação
Corinthians 3
Marília 1
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Era para ter sido uma vitória
fácil. Próximo da zona de rebaixamento, o Marília era o adversário ideal para um resultado
positivo corintiano, que manteria o time na luta pela classificação às semifinais da Paulista.
Mas o time do Parque São
Jorge errou muito e só foi bem-sucedido, mais uma vez, após
uma boa dose de sofrimento.
Assim, o Corinthians vai à rodada final do Estadual ainda
necessitado de uma vitória e de
tropeços de rivais diretos para
se classificar à próxima fase.
"Preferia uma vitória mais
simples, de 1 a 0, sem tanta
emoção", disse o goleiro Felipe.
"Tem um ano que estou aqui e
não vejo nada de facilidade."
A dependência de rivais se
deve, em parte, à postura adotada pelo Corinthians no campeonato, que se repetiu ontem.
O time buscou marcar um gol e
recuar para garantir o placar, o
que complicou o jogo.
Não era o cenário que se desenhava no início da partida.
Está certo que a necessidade da
vitória passou a ser ainda maior
quando o São Paulo marcou
longo no início em Bragança.
Mas o Corinthians dominava e
criava algumas chances de gol,
embora em número reduzido.
E o time do Parque São Jorge
já poderia ter aberto o placar
quando Herrera recebeu na
área, driblou a marcação e chutou para fazer o gol. Mas o juiz
Rodrigo Martins Cintra parou
o jogo, embora não houvesse
impedimento ou toque de mão.
Foi também com o argentino
que o Corinthians fez seu primeiro gol. Aos 12min, Fábio
Ferreira roubou a bola na intermediária, arrancou pela direita
e cruzou para Herrera, que
completou de cabeça para o gol.
E o Corinthians deixou o ímpeto ofensivo ao marcar. Recuou e só não foi pressionado
por falta de recursos do rival.
"Foi bom marcar o gol no início. Agora, é acertar a marcação
lá atrás. E, se tiver oportunidades, matar o jogo", definia o volante Bóvio no intervalo.
Ou seja, a intenção clara era
garantir o placar mínimo.
Mas o plano se complicou
quando Diogo Rincón deu um
carrinho na lateral e recebeu o
cartão vermelho, pois já tinha o
amarelo. Complicou-se ainda
mais quando o atacante Miro
Bahia foi derrubado por Carlão
na entrada da área. Aos 16min,
Júlio César cobrou falta no ângulo e empatou a partida.
A torcida ficou nervosa, e o time não se encontrava, mas os
jogadores passaram a correr
mais. E tiveram uma ajuda adversária quando Gum fez falta
em Herrera, levou o segundo
cartão amarelo e foi expulso.
Em igualdade, o Corinthians
se tornou ofensivo, mas era desorganizado. E o fantasma da
desclassificação crescia.
E foi em uma jogada meio
truncada que o time do Parque
São Jorge saiu do sufoco. Aos
35min, Dentinho tentou uma
jogada e um toque do zagueiro
levou a bola para o pé de André
Santos na área. O lateral bateu
no canto e fez.
O Marília partiu para cima e
deixou muitos espaços atrás.
Sobraram contra-ataques para
os corintianos, que eram desperdiçados pela equipe.
Aos 49min, Finazzi, que havia entrado com o time desesperado, perdeu outro, na frente
do goleiro. Mas o rebote caiu
nos pés de André Santos. Mais
uma vez, ele chutou e fez.
Agora, resta ao Corinthians
vencer o Noroeste, no próximo
domingo, fora de casa. E torcer.
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