São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2008

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JUCA KFOURI

Outra vez, capital x interior?


Se o Guaratinguetá não bobear em Itu, Palmeiras e São Paulo se matam e o interior se garante na final

O CORINTHIANS está nos pés do Santos.
E não há nenhum motivo para acreditar que os santistas se comovam, entre outras razões porque, na quarta-feira seguinte ao jogo contra a Ponte Preta, jogará em Guadalajara, no México, viagem longa, pela Libertadores. É óbvio que Leão, que tem dinheiro a receber do Corinthians e vira-e-mexe é xingado por Andres Sanchez, só se preocupará em poupar seus titulares.
É bem possível, pois, que Guaratinguetá, Palmeiras, São Paulo e Ponte Preta, nesta ordem, façam as semifinais, com os dois grandes se comendo e com um interiorano assegurando, pelo segundo ano seguido, um lugar na decisão.
Só houve uma surpresa no fim de semana, o empate, 1 a 1, do Santos em Rio Claro, uma pena porque a reação santista merecia melhor sorte para a equipe, que teve em Fábio Costa seu salvador, ao lado de Kléber Pereira, e, por ironia, seu algoz, ao levar um gol defensável, mesmo que cara a cara.
Pior foi ver o goleiro Gilson, do Rio Claro, operar pelo menos dois milagres, ao estilo Fábio Costa.
A Ponte Preta quase se complicou, numa partida que estava fácil em Campinas, com 2 a 0 sobre o Noroeste, mas que virou um 2 a 2 por um dramático minuto, tempo que levou para a Ponte retomar a dianteira, aos 33min do segundo tempo.
O Palmeiras, mais uma vez, folgou. E com brilho, como no terceiro gol, quando o time reteve a bola por mais de 30 segundos, virou o jogo da esquerda para direita em dez passes, ao som de sua torcida que se deliciava no Parque lotado, bem como os mais antigos palestrinos amam, ao estilo da velha Academia.
E enfiou 3 a 1 no São Caetano sem a menor cerimônia, com mais uma bela atuação de Valdivia e com direito a ver São Marcos fazer, ao menos, uma senhora defesa, ingredientes que dão absoluta confiança ao time, que, no entanto, sabe que terá paradas duríssimas com o único time que pode lhe superar, o São Paulo, de Rogério Ceni.
Ou seria o São Paulo de Adriano? Porque eis que o centrovante desandou a fazer gols e a justificar sua contratação, diferentemente de Carlos Alberto e Fábio Santos.
E o tricolor tem um 4 a 1 recente atravessado na garganta, detalhe adicional para fazer desta decisão alguma coisa de palpitante.
Contra o Bragantino, mesmo em Bragança Paulista, o São Paulo ganhou também com sobras, ao contar com os dois gols tranquilizadores de Adriano, logo nos primeiros 20 minutos de jogo.
Sem sobras, ao contrário, com sofrimento, o Corinthians também cumpriu com sua obrigação ao despachar o Marília por 3 a 1, num Morumbi com mais de 18 mil torcedores.
Mas o placar só foi construído nos últimos minutos e deve ter sido insuficiente para botar o time nas semifinais, por mais que o Noroeste, do conselheiro alvinegro Damião Garcia, mesmo em Bauru, possa ser superado. Porque o Corinthians sabe o quanto custa depender de rivais tradicionais como o Santos ou até mesmo o Inter, como aconteceu no Brasileiro passado, em Goiás.
E o Guará seguiu sua toada ao passar pelo Sertãozinho, 2 a 0, e tudo fará contra o Ituano para não perder a liderança para o Palmeiras.

blogdojuca@uol.com.br


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