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Copa 2006
Seleção bate recorde, mas nem time acha que valeu como jogo
Flávio Florido/Folha Imagem
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Ronaldo, autor de dois gols ontem, um em cada tempo, observa salto do goleiro do Lucerna |
No seu melhor placar em ano de Copa do Mundo, Brasil marca oito gols no inexpressivo Lucerna
FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
EDUARDO VIEIRA DA COSTA
ENVIADOS ESPECIAIS À BASILÉIA
Foi um daqueles recordes para virar nota de rodapé.
Contra um campeão suíço da
segunda divisão, ainda enfraquecido por jogadores já aposentados e em férias, o Brasil
conseguiu ontem sua maior goleada num aquecimento em
ano de Copa na sua história.
A vitória por 8 a 0 contra o
Lucerna, na Basiléia, superou
os 7 a 0 aplicados na Irlanda,
em 1982, mesmo placar de
1978, contra seleção do interior
do Rio, de Totonho e Coca.
"Foi um bom treino", disse,
ainda no gramado, o técnico
Carlos Alberto Parreira, que diz
querer mais marcação e ritmo
da sua equipe, que estréia na
Copa da Alemanha no dia 13,
contra a Croácia, em Berlim.
Depois, ele aumentou o tom
em relação a tratar o massacre
da Basiléia como coisa mais séria. "Teve transmissão para o
Brasil, muita gente no exterior
viu e era a amarelinha que estava em campo. Então vocês podem tratar [a partida] como o
nosso primeiro jogo-treino."
Principal destaque brasileiro, Kaká não mostrou o mesmo
entusiasmo sobre a partida.
"Enfrentar um clube não é o
mesmo que jogar contra uma
seleção nacional", falou o autor
do primeiro gol e do passe para
outros dois tentos brasileiros.
Se teve validade para o treinador, o confronto não tem importância histórica para os jogadores que marcaram gols, incluindo Ronaldo (fez dois).
A Fifa só computa em seus
registros históricos o que acontece em jogos entre seleções
nacionais, chamados oficiais.
No domingo, no seu último
amistoso antes de a bola começar a rolar na Alemanha, o Brasil vai enfrentar um time nacional, mas de qualidade duvidosa
-a Nova Zelândia não está nem
entre as 100 melhores equipes
do ranking elaborado pela Fifa
mensalmente.
Ambas as partidas foram exploradas pela agência Kentaro,
que gastou cerca de US$ 2 milhões para trazer a seleção para
a Suíça em troca desse direito
(além da permissão para vender ingressos e placas publicitárias nos treinos de Weggis).
As peladas brasileiras (no domingo o time venceu os juniores do Fluminense por 13 a 1)
acontecem no mesmo período
em que classificados para o
Mundial disputam amistosos
entre eles e bastante quentes.
Ontem, o Japão, rival brasileiro na primeira fase, saiu vencendo a Alemanha por 2 a 0,
mas cedeu o empate no final.
"Nosso grupo é bem difícil",
analisou o zagueiro Lúcio.
Desde 1990, a CBF adota a tática de enfrentar times fracos
antes do Mundial. Ganhou dois
títulos e fracassou duas vezes.
Após o jogo com a Nova Zelândia o time vai à Alemanha.
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