São Paulo, domingo, 31 de maio de 2009

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Partida vira palco para segundas chances

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o Corinthians, o clássico de hoje, contra o Santos, virou uma espécie de momento de recuperação para jogadores encostados ou que ainda tentam justificar suas situações no elenco do Parque São Jorge.
Do goleiro aos atacantes, quase todos os corintianos que entram no gramado hoje ainda buscam seu espaço no clube.
E os casos mais emblemáticos são os dos responsáveis por tentar fazer a equipe não sentir tanto a falta de seu grande astro, o atacante Ronaldo.
Primeiro, veio Lulinha. Depois, apareceu Souza. Cada um a seu tempo, ambos já viveram situações embaraçosas perante a torcida corintiana, que não perdoa a falta de produção ofensiva da dupla.
Hoje, na Vila Belmiro, é neles -e em Otacílio Neto- que o treinador Mano Menezes deposita a confiança para conseguir uma inesperada vitória no clássico com o Santos.
Atacantes em eterno jejum de gols, Souza e Lulinha ganham nova chance de voltarem a balançar as redes adversárias -pelo menos por uma partida. E, principalmente, de justificarem o alto investimento que o clube faz para tê-los no elenco.
Os dois atacantes estão entre os mais bem remunerados atletas do time alvinegro. Juntos, recebem mais de R$ 250 mil mensais, valor equivalente a cerca de 6% de toda a folha salarial do Corinthians -ou metade do que é pago como salários ao maior astro, Ronaldo.
No entanto, ainda não conseguiram marcar nem uma dezena de gols pela equipe.
Lulinha, promovido ao time principal em 2007, tem apenas quatro gols na carreira. Souza, outros três pelo Corinthians -dois de pênalti e um em amistoso contra o Estudiantes, no início da temporada.
Mas, embora jamais tenham caído nas graças da torcida, justamente pela baixa produtividade no que deveriam ter como diferencial, ambos contam com a complacência e a paciência do técnico Mano Menezes.
Paciência que se estende a outros jogadores, de outras posições, em situação semelhante, como o zagueiro Jean.
Primeiro contratado como reforço para 2009, o defensor, além de não ter conseguido ser opção confiável para substituir Chicão e William, ainda perdeu a posição de terceiro zagueiro do elenco para o jovem Diego, que só não atua hoje na Vila por ter de cumprir suspensão.
"São jogadores que não foram tão aproveitados, mas que têm a minha confiança", diz Mano sobre seus encostados.
Outro que vive à sombra do banco e que hoje tem nova chance de aparecer é o goleiro Júlio César. Embora também ofuscado pelo titular Felipe, ele já mostrou em outras oportunidades que tem condição de ser titular do Corinthians.
A ponto de já ter pensado em deixar o clube. "Não é fácil estar sorrindo sempre. Só a minha família sabe o quanto é difícil esperar. Tem que trabalhar a cabeça", diz o arqueiro. "Muita gente já falou para eu tentar jogar em outro lugar, para aparecer. Mas eu tenho exemplos. Marcos, Rogério, eles já esperaram na reserva. Hoje brilham como titulares. (PGA)


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