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Partida vira palco para segundas chances
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o Corinthians, o clássico
de hoje, contra o Santos, virou
uma espécie de momento de
recuperação para jogadores encostados ou que ainda tentam
justificar suas situações no
elenco do Parque São Jorge.
Do goleiro aos atacantes,
quase todos os corintianos que
entram no gramado hoje ainda
buscam seu espaço no clube.
E os casos mais emblemáticos são os dos responsáveis por
tentar fazer a equipe não sentir
tanto a falta de seu grande astro, o atacante Ronaldo.
Primeiro, veio Lulinha. Depois, apareceu Souza. Cada um
a seu tempo, ambos já viveram
situações embaraçosas perante
a torcida corintiana, que não
perdoa a falta de produção
ofensiva da dupla.
Hoje, na Vila Belmiro, é neles
-e em Otacílio Neto- que o
treinador Mano Menezes deposita a confiança para conseguir uma inesperada vitória no
clássico com o Santos.
Atacantes em eterno jejum
de gols, Souza e Lulinha ganham nova chance de voltarem
a balançar as redes adversárias
-pelo menos por uma partida.
E, principalmente, de justificarem o alto investimento que o
clube faz para tê-los no elenco.
Os dois atacantes estão entre
os mais bem remunerados atletas do time alvinegro. Juntos,
recebem mais de R$ 250 mil
mensais, valor equivalente a
cerca de 6% de toda a folha salarial do Corinthians -ou metade do que é pago como salários ao maior astro, Ronaldo.
No entanto, ainda não conseguiram marcar nem uma dezena de gols pela equipe.
Lulinha, promovido ao time
principal em 2007, tem apenas
quatro gols na carreira. Souza,
outros três pelo Corinthians
-dois de pênalti e um em amistoso contra o Estudiantes, no
início da temporada.
Mas, embora jamais tenham
caído nas graças da torcida, justamente pela baixa produtividade no que deveriam ter como
diferencial, ambos contam com
a complacência e a paciência do
técnico Mano Menezes.
Paciência que se estende a
outros jogadores, de outras posições, em situação semelhante, como o zagueiro Jean.
Primeiro contratado como
reforço para 2009, o defensor,
além de não ter conseguido ser
opção confiável para substituir
Chicão e William, ainda perdeu
a posição de terceiro zagueiro
do elenco para o jovem Diego,
que só não atua hoje na Vila por
ter de cumprir suspensão.
"São jogadores que não foram tão aproveitados, mas que
têm a minha confiança", diz
Mano sobre seus encostados.
Outro que vive à sombra do
banco e que hoje tem nova
chance de aparecer é o goleiro
Júlio César. Embora também
ofuscado pelo titular Felipe, ele
já mostrou em outras oportunidades que tem condição de ser
titular do Corinthians.
A ponto de já ter pensado em
deixar o clube. "Não é fácil estar
sorrindo sempre. Só a minha
família sabe o quanto é difícil
esperar. Tem que trabalhar a
cabeça", diz o arqueiro. "Muita
gente já falou para eu tentar jogar em outro lugar, para aparecer. Mas eu tenho exemplos.
Marcos, Rogério, eles já esperaram na reserva. Hoje brilham
como titulares.
(PGA)
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