São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010 |
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JUCA KFOURI O melhor Corinthians
NO PRIMEIRO tempo, que começou com um gol corintiano logo de cara, o 1 a 0 do placar não mostrou o que foi o jogo. Nem mesmo a cabeçada de Jorge Henrique no travessão ilude o fato de que o Santos mandou na partida nos últimos 30 minutos, a ponto de o Corinthians ter dificuldades até para passar pela intermediária, que dirá chegar à área praiana. Já o Santos não só viu Chicão salvar de cabeça um gol certo de Neymar como viu o bandeirinha tirar um gol certo de Marquinhos. Seja como for, a perspectiva que havia para o segundo tempo era a de uma virada santista. Que foi ensaiada ainda antes do décimo minuto, quando André empatou ao receber passe precioso de Marquinhos, que jogava por ele e por Ganso, anulado por Ralf. Mas o estreante Bruno César parece dessas coisas mágicas que, às vezes, acontecem no futebol. Na quarta, de seu pé saiu o gol que manteve a invencibilidade corintiana contra o Grêmio Prudente. E foi seu primeiro chute com a camisa alvinegra. Ontem, também foi dele o chute que o goleiro Felipe, o do Santos, espalmou para Jorge Henrique fazer 1 a 0 no primeiro minuto. E, nem bem os santistas pararam de comemorar o empate, eis que ele se aproveitou de um desvio imperfeito de Edu Dracena e botou o Corinthians de novo na frente. Aí começou um outro jogo, para a delícia de quase todos os mais de 30 mil torcedores presentes ao ensolarado Pacaembu. O Corinthians passou a fazer sua melhor apresentação no ano, melhor até do que o primeiro tempo contra o Flamengo, no mesmo estádio. Com momentos de pura alegria, a ponto de fazer mais dois gols, com Ralf e Paulinho, no auge de olés que seus torcedores entoavam nas arquibancadas. E tome comemoração com pescaria em pleno gramado, a volta do cipó no lombo de quem mandou dar. Mas sem violência, felizmente, como se poderia temer diante das provocações que precederam o clássico, algo que Neymar e companhia não puderam demonstrar em campo, tão seriamente o embate foi encarado pelos invictos corintianos -algo que os santistas deixaram de ser, além de terem visto o rival livrar cinco pontos deles na liderança do Brasileirão. E a goleada só não foi impiedosa porque Marcel, no fim, conseguiu transformar o 4 a 1 em 4 a 2. Faltam dois jogos para o Corinthians antes da interrupção para a Copa do Mundo: o Inter, em casa, e o Botafogo, fora. Se mantiver a pegada que mostrou no segundo tempo contra o Santos, pode sonhar em ver a Copa líder e invicto. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Folha.com Próximo Texto: Formação nova marca o 1º coletivo Índice |
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