São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011

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Guerra à pirataria fica para depois

2014
Fifa e governo não combatem falsificações, facilmente encontradas na web e no Rio


MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS

ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O combate à pirataria na Copa de 2014 ainda não começou. Produtos falsificados alusivos ao Mundial que será disputado no Brasil já podem ser encontrados na internet e em ruas do Rio de Janeiro.
Camisetas, bandeiras, pôsteres, chaveiros e outros artefatos com a marca do torneio estão à venda. Porém ainda não há reação por parte das autoridades brasileiras e da entidade que controla o futebol mundial e organiza a Copa do Mundo.
A Fifa registrou no Brasil 45 marcas (como Brasil 2014, 2014 Brazil, entre outras) e, por enquanto, faz o que define como um "trabalho de prevenção" -não há nenhuma ação judicial em curso.
"Ainda faltam três anos para a Copa, e as regras de licenciamento ainda não estão definidas", afirmou Pedro Bhering, advogado que trabalha para a Fifa no Brasil nessa área. "As empresas que usarem indevidamente as marcas serão notificadas e, se forem sérias, vão retirar os produtos do mercado."
Hoje, já existem sites que oferecem "oportunidades de negócios" durante a Copa do Mundo brasileira e que citam até a "fabricação de embalagens plásticas com as características da mascote".
"A mascote ainda nem foi definida", declarou Bhering. "Nestes próximos anos, o trabalho de combate à pirataria vai se intensificar", disse o advogado da entidade.
COLABORAÇÃO
A Fifa ainda não definiu se vai contratar escritórios brasileiros especializados para atuar nessa área até 2014 e durante o Mundial.
O plano é investir "sempre que houver necessidade". Antes de gastar, a federação conta abertamente com apoio e colaboração de entidades brasileiras, sobretudo Polícia e Receita Federal.
Os patrocinadores da Fifa e da Copa do Mundo pressionam a entidade internacional para que atue com mais rigor no combate à pirataria.
Em resposta a questionamento feito pela Folha, a entidade afirmou que os próximos passos serão "treinar autoridades brasileiras para identificar produtos piratas".
E também pedir "atenção especial aos portos", que são a principal porta de entrada de produtos falsificados no Brasil, sobretudo aqueles vindos da China.
Na última Copa do Mundo, na África do Sul, há um ano, informa a nota da Fifa, "foram interceptados centenas de carregamentos com produtos falsificados a caminho do evento". Ainda assim, era muito fácil comprar no país africano artigos de pirataria relacionados ao Mundial.


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