|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAN-AMERICANO
Com 9 tripulações, equipe conquista 9 pódios e supera marca de Havana-91, quando obtivera 7
Iatismo bate o recorde de medalhas
MARCELO DAMATO
enviado especial a Winnipeg (Canadá)
A equipe brasileira de vela conquistou ontem mais
duas medalhas, totalizando nove em
nove tripulações
que participam dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá). É a primeira vez que isso
acontece com a vela brasileira na
história dessa competição.
Ricardo Winick e Cristina Mattoso Maia, na classe mistral
(prancha à vela), superaram seus
rivais no lago de Gimli, 120 km a
oeste de Winnipeg, e vão participar da premiação na tarde de hoje
no iate clube local.
Das novas medalhas obtidas,
uma é de bronze e a outra é, no
mínimo, de prata.
Assim, a equipe de vela já tem
contabilizadas sete medalhas,
uma de ouro, três de prata e três
de bronze. As outras duas, que serão definidas hoje, serão de prata
ou de ouro. O resultado mais provável é que os brasileiros fiquem
com uma de cada.
A conquista de nove medalhas
no Pan-Americano é inédita para
a vela brasileira. O máximo anterior, sete, havia sido há oito anos,
em Havana, Cuba.
Mas o recorde de melhor desempenho não foi batido. Em
1983, em Caracas, os brasileiros
conquistaram quatro medalhas
de ouro e uma de prata.
Winick, 19, o mais jovem velejador da equipe, assegurou no mínimo a medalha de prata ao ficar
em terceiro e primeiro lugar nas
regatas de ontem, a nona e a décima, respectivamente.
Ele também foi beneficiado por
um erro de seu rival mais próximo, o argentino Marcos Galván,
que ultrapassou a linha de largada
da nona regata antes do sinal e foi
desclassificado.
Na última regata, hoje de manhã, Winick conquistará o ouro
se chegar até uma posição atrás
do argentino. Por isso, ele deverá
fazer uma corrida cautelosa,
preocupado em ""marcar" o rival,
e sem correr riscos.
No feminino, a situação já está
definida. Cristina terminou as
duas regatas em terceiro e garantiu a medalha de bronze. Como
ela não tem mais chances de ficar
com a prata, nem vai correr hoje.
Ontem, só houve regatas da
classe mistral. Elas estavam marcadas para anteontem, mas foram
adiadas por falta de vento.
Hoje, só duas tripulações brasileiras deverão entrar na água.
Além da mistral masculina, Alexandre Paradeda e Flávio Fernandes, na classe snipe, também disputam a medalha de ouro, com o
segundo lugar garantido.
Mas, ao contrário do colega Winick, os dois estão em desvantagem. Os cubanos lideram. E a diferença é ainda maior. Os brasileiros têm que abrir uma vantagem
de três barcos para inverter a desvantagem de dois pontos e posição inferior no desempate.
Na vela, o desempate funciona
como no automobilismo. Após os
pontos, os critérios de classificação são vitórias, segundos lugares, terceiros, quartos etc.
Como essa é a última regata da
série, muitos velejadores que têm
posição definida não devem participar. A redução do número de
participantes representa um ponto a favor para quem está em vantagem na disputa. Na mistral
masculina, há nove concorrentes,
e, na snipe, oito.
O chefe da equipe brasileira,
Reinaldo Câmara, disse que já esperava uma boa participação,
mas não quis comentar se a expectativa incluía medalhas em todas as classes.
Texto Anterior: Christian se recusa a voltar ao Inter Próximo Texto: Seleção para Olimpíada é subjetiva Índice
|