São Paulo, sábado, 31 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Equipe de Parreira faz poucas faltas e desarma menos os adversários

"Frouxo", Corinthians pega Atlético-PR no Pacaembu

DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Jogar limpo e prezar sempre a técnica e o toque de bola. Nem que o ideal acarrete em prejuízos na tabela de classificação.
É seguindo essa "doutrina" que o Corinthians enfrenta hoje, às 16h, no Pacaembu, o Atlético-PR, atual campeão brasileiro.
Além de tentar somar mais três pontos diante de sua torcida e deixar a sétima colocação, a equipe do técnico Carlos Alberto Parreira espera provar que o estigma de ser o time do fair play pode prevalecer sobre a atual propensão do Campeonato Brasileiro.
Dos oito primeiros colocados da competição, o Corinthians é o time de menor pegada -tem o mais baixo índice de faltas cometidas por partida (19,4, o menor do campeonato) e o segundo pior desempenho em desarmes (média de 115), superando apenas o líder São Paulo (média de 112,5), segundo números do Datafolha.
E o rival de hoje tem uma postura contrária. À frente do Corinthians na classificação (quinto colocado), a equipe paranaense é a segunda que mais desarma no torneio (média de 149,6).
Quem lidera esse fundamento é o Coritiba-PR (oitavo colocado), com média de 155 desarmes.
O Atlético é o quinto que mais comete faltas (média de 30,4 faltas). A Lusa (quarta colocada) é a equipe mais violenta, com média de 30,4 infrações por partida.
Exceto em 2000, os paranaenses figuraram entre os seis times mais violentos nos últimos seis Brasileiros. No ano passado, quando conquistou o título, o time foi o quinto, com média de 29,7 faltas.
Mesmo consciente de que sua equipe sofrerá uma forte marcação dos atleticanos, Parreira refuta abandonar o fair play para assegurar um resultado positivo.
"Falta é um recurso cada vez mais importante no futebol, mas eu quero meu time jogando futebol. Tenho várias estatísticas. As de faltas, nem vejo. Eu me preocupo com a técnica", disse Parreira.
A filosofia do treinador foi bem assimilada pelos corintianos, que consideram o jogo limpo uma virtude. "Não adianta se preocupar em fazer faltas e esquecer de jogar. O Corinthians é uma equipe técnica, que zela pela posse de bola para envolver o adversário", disse o lateral-direito Rogério.
E é com a posse de bola e com um ritmo alternado (cadência e agressividade), segundo Parreira, que o Corinthians tentará vencer o segundo jogo em casa, já que na última quarta-feira, não passou de um empate com o Cruzeiro-MG, também no Pacaembu.
"O grande problema de jogar em casa é ser surpreendido [nos dois jogos disputados no Pacaembu, pelo Brasileiro, o time saiu em desvantagem no placar]. Mas, passar o Brasileiro sem tomar gols é impossível", disse Parreira.
Na partida de hoje, o técnico terá o retorno do volante Fabrício. Na zaga, Anderson substitui Fábio Luciano, que está suspenso.



Texto Anterior: O que ver na Folha Online
Próximo Texto: Rival tem retorno de ataque campeão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.