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FUTEBOL
Equipe de Parreira faz poucas faltas e desarma menos os adversários
"Frouxo", Corinthians pega Atlético-PR no Pacaembu
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Jogar limpo e prezar sempre a
técnica e o toque de bola. Nem
que o ideal acarrete em prejuízos
na tabela de classificação.
É seguindo essa "doutrina" que
o Corinthians enfrenta hoje, às
16h, no Pacaembu, o Atlético-PR,
atual campeão brasileiro.
Além de tentar somar mais três
pontos diante de sua torcida e deixar a sétima colocação, a equipe
do técnico Carlos Alberto Parreira
espera provar que o estigma de
ser o time do fair play pode prevalecer sobre a atual propensão do
Campeonato Brasileiro.
Dos oito primeiros colocados
da competição, o Corinthians é o
time de menor pegada -tem o
mais baixo índice de faltas cometidas por partida (19,4, o menor
do campeonato) e o segundo pior
desempenho em desarmes (média de 115), superando apenas o líder São Paulo (média de 112,5),
segundo números do Datafolha.
E o rival de hoje tem uma postura contrária. À frente do Corinthians na classificação (quinto colocado), a equipe paranaense é a
segunda que mais desarma no
torneio (média de 149,6).
Quem lidera esse fundamento é
o Coritiba-PR (oitavo colocado),
com média de 155 desarmes.
O Atlético é o quinto que mais
comete faltas (média de 30,4 faltas). A Lusa (quarta colocada) é a
equipe mais violenta, com média
de 30,4 infrações por partida.
Exceto em 2000, os paranaenses
figuraram entre os seis times mais
violentos nos últimos seis Brasileiros. No ano passado, quando
conquistou o título, o time foi o
quinto, com média de 29,7 faltas.
Mesmo consciente de que sua
equipe sofrerá uma forte marcação dos atleticanos, Parreira refuta abandonar o fair play para assegurar um resultado positivo.
"Falta é um recurso cada vez
mais importante no futebol, mas
eu quero meu time jogando futebol. Tenho várias estatísticas. As
de faltas, nem vejo. Eu me preocupo com a técnica", disse Parreira.
A filosofia do treinador foi bem
assimilada pelos corintianos, que
consideram o jogo limpo uma virtude. "Não adianta se preocupar
em fazer faltas e esquecer de jogar.
O Corinthians é uma equipe técnica, que zela pela posse de bola
para envolver o adversário", disse
o lateral-direito Rogério.
E é com a posse de bola e com
um ritmo alternado (cadência e
agressividade), segundo Parreira,
que o Corinthians tentará vencer
o segundo jogo em casa, já que na
última quarta-feira, não passou
de um empate com o Cruzeiro-MG, também no Pacaembu.
"O grande problema de jogar
em casa é ser surpreendido [nos
dois jogos disputados no Pacaembu, pelo Brasileiro, o time saiu em
desvantagem no placar]. Mas,
passar o Brasileiro sem tomar gols
é impossível", disse Parreira.
Na partida de hoje, o técnico terá o retorno do volante Fabrício.
Na zaga, Anderson substitui Fábio Luciano, que está suspenso.
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