São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006

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Palmeiras fica invicto, mas não vibra

Apesar de ter saído atrás no placar, equipe de Tite deixa escapar chance de subir mais na tabela ao só empatar em casa

Palmeiras 1
Figueirense 1

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras conseguiu apenas parte do que queria ontem, contra o Figueirense. Manteve a invencibilidade no Brasileiro, que agora é de 11 jogos, mas não se vingou da maior goleada sofrida neste campeonato.
Ao contrário do que ocorrera no último domingo, quando o time festejou o empate obtido no sufoco diante da Ponte Preta como se fosse uma vitória, a sensação ontem era a de que o 1 a 1 contra a equipe catarinense ficou mais com jeito de tropeço.
E não só porque o resultado, conseguido de novo após o Palmeiras ter saído atrás no placar, foi obtido em casa. O ponto que ganhou não bastou para deixar o clube na parte de cima da tabela, entre os dez primeiros -objetivo traçado pelo técnico Tite e propalado pelo elenco.
Com 27 pontos, o Palmeiras prossegue no meio da tabela, onde havia iniciado a rodada, mas a seis pontos da zona de classificação para a Libertadores, que começava a ser citada como o próximo passo do time.
Como consolação, os palmeirenses têm o argumento de que agora acumulam a maior seqüência sem derrotas do torneio. O time igualou o Cruzeiro, que no início do Nacional também ficou 11 partidas sem perder. A reabilitação palmeirense no Brasileiro deste ano já superou a arrancada que o time teve em 2005, quando a equipe estava nas mãos de Emerson Leão e ficou dez jogos sem perder -havia caído justamente na segunda rodada do returno.
"Para mim, isso é o que menos importa. Mas é bom ter a pressão de vencer", disse Tite.
Mas essa invencibilidade, considerada tão importante pelo time para a recuperação da auto-estima, já não é suficiente para que os atletas deixem o campo felizes. "Não foi um bom resultado", falou Edmundo.
Mas o jogo, desde o início do primeiro tempo, já se mostrava complicado para o Palmeiras.
O time se ressentia de uma presença mais efetiva de seus alas na frente. Pela esquerda, Michael não conseguia passar em velocidade para apoiar o ataque. Na direita, sem Paulo Baier, suspenso, e suas investidas ao ataque, o time tentou compensar com Wendel e Amaral, mas principalmente o lateral, de 18 anos, ficou aquém do esperado por Tite. "Atletas jovens, quando erram nas primeiras bolas, sentem. O Amaral sentiu", explicou o treinador, que no segundo tempo sacou o atleta e colocou Marcinho.
A mudança surtiu algum efeito, mas o Figueirense, que desde a primeira etapa dominava o meio-campo, não se retraiu. Foi à frente, construindo jogadas pelos lados do campo.
E, aos 16min, uma dessas jogadas acabou em gol para os visitantes. Schwenck recebeu cruzamento da direita, dominou, esperou a definição da zaga palmeirense, que vacilou no lance, e chutou rasteiro.
O Palmeiras, porém, chegou logo ao empate, também num erro cometido pela defesa rival. Em lançamento do goleiro Diego, a bola dividida entre Edmundo e Rodrigo Souto sobrou para Enílton, que aproveitou a indecisão do goleiro Andrey e tocou rasteiro para a rede.
No próximo domingo, o Palmeiras tentará manter a série invicta na Vila Belmiro, onde faz clássico com o Santos.


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