São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2008

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Artilheiro duela com artilharia

Kléber Pereira fez 57% dos tentos santistas; São Paulo, dono de melhor ataque, espalha gols pelo time

Goleador do Brasileiro diz não temer pressão hoje, e técnico são-paulino abre mão de marcação especial no seu esquema defensivo


DA REPORTAGEM LOCAL
DA ENVIADA A SANTOS

De um lado, um time que tem num só jogador todo o seu poderio ofensivo. Na outra metade do campo, um rival que pulveriza seus goleadores na falta de um artilheiro nato.
O clássico de hoje no Morumbi marca um embate entre Kléber Pereira, que abriu a rodada como artilheiro ao lado de Alex Mineiro, do Palmeiras, com 15 gols, diante de um adversário que deposita o segredo de seu poder fogo na competição na variação tática.
No Santos, Kléber Pereira representa mais da metade dos tentos marcados até aqui pelo time na competição. De um total de 26 bolas na rede, é o responsável por 57% do aproveitamento da artilharia da equipe.
Atento ao que faz no Brasileiro o elemento mais perigoso do rival, o técnico Muricy Ramalho adiantou que não vai cair no erro de marcá-lo individualmente. "Não se faz isso com um jogador de frente. E, se fixar alguém nele, o Kléber vai para o lado e abre um buraco na minha defesa", falou o treinador.
Ciente de que vai ser muito visado, Kléber Pereira trata o assunto com simplicidade e separa bem as funções entre os companheiros. "Claro que, se você vem marcando [gols], as pessoas esperam que você marque também num jogo importante, mas o Santos não pode depender de um homem só. Todos têm que trabalhar e criar oportunidades para que Michael, Cuevas, Kléber Pereira, ou qualquer um que estiver em condições, possa marcar."
Sobre o fato de o time ainda lutar para sair da zona de rebaixamento, o goleador disse que no grupo todos estão concentrados em uma retomada. "Pressão existe em todo o jogo, principalmente nesta fase que estamos atravessando."
No lado do São Paulo, se o técnico Muricy Ramalho tem a vantagem de contar com vários "artilheiros", a ausência de Hugo, goleador do time no Brasileiro, com nove gols, traz uma certa preocupação.
"Veja você que agora estamos falando de um atleta que muitos não valorizam. O Hugo vem de trás, chuta bem e ajuda na marcação. No esquema que estou montando, quem tiver de atacar vai atacar e quem precisar ficar na cobertura terá de ter atenção", comentou.
Até a abertura desta rodada, o time do Morumbi ostentava o melhor ataque, ao lado de Grêmio e Palmeiras, com 38 gols.
Se Hugo não vai estar em campo -Dagoberto, suspenso, também fica fora-, Borges, vice-artilheiro da equipe, com sete gols, quer se fazer presente. "Aqui as responsabilidades são divididas. E ter um clássico pela frente é sempre muito bom."
Além dele, Éder Luís (cinco gols) e André Lima (três) estão à disposição de Muricy na frente. No elenco, os 38 gols no Nacional estão distribuídos entre 12 jogadores. (GIULLIANA BIANCONI, RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)


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