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Artilheiro duela com artilharia
Kléber Pereira fez 57% dos tentos santistas; São Paulo, dono de melhor ataque, espalha gols pelo time
Goleador do Brasileiro diz não temer pressão hoje, e técnico são-paulino abre mão de marcação especial no seu esquema defensivo
DA REPORTAGEM LOCAL
DA ENVIADA A SANTOS
De um lado, um time que tem
num só jogador todo o seu poderio ofensivo. Na outra metade do campo, um rival que pulveriza seus goleadores na falta
de um artilheiro nato.
O clássico de hoje no Morumbi marca um embate entre
Kléber Pereira, que abriu a rodada como artilheiro ao lado de
Alex Mineiro, do Palmeiras,
com 15 gols, diante de um adversário que deposita o segredo
de seu poder fogo na competição na variação tática.
No Santos, Kléber Pereira representa mais da metade dos
tentos marcados até aqui pelo
time na competição. De um total de 26 bolas na rede, é o responsável por 57% do aproveitamento da artilharia da equipe.
Atento ao que faz no Brasileiro o elemento mais perigoso do
rival, o técnico Muricy Ramalho adiantou que não vai cair no
erro de marcá-lo individualmente. "Não se faz isso com um
jogador de frente. E, se fixar alguém nele, o Kléber vai para o
lado e abre um buraco na minha defesa", falou o treinador.
Ciente de que vai ser muito
visado, Kléber Pereira trata o
assunto com simplicidade e separa bem as funções entre os
companheiros. "Claro que, se
você vem marcando [gols], as
pessoas esperam que você marque também num jogo importante, mas o Santos não pode
depender de um homem só.
Todos têm que trabalhar e criar
oportunidades para que Michael, Cuevas, Kléber Pereira,
ou qualquer um que estiver em
condições, possa marcar."
Sobre o fato de o time ainda
lutar para sair da zona de rebaixamento, o goleador disse que
no grupo todos estão concentrados em uma retomada.
"Pressão existe em todo o jogo,
principalmente nesta fase que
estamos atravessando."
No lado do São Paulo, se o
técnico Muricy Ramalho tem a
vantagem de contar com vários
"artilheiros", a ausência de Hugo, goleador do time no Brasileiro, com nove gols, traz uma
certa preocupação.
"Veja você que agora estamos
falando de um atleta que muitos não valorizam. O Hugo vem
de trás, chuta bem e ajuda na
marcação. No esquema que estou montando, quem tiver de
atacar vai atacar e quem precisar ficar na cobertura terá de
ter atenção", comentou.
Até a abertura desta rodada,
o time do Morumbi ostentava o
melhor ataque, ao lado de Grêmio e Palmeiras, com 38 gols.
Se Hugo não vai estar em
campo -Dagoberto, suspenso,
também fica fora-, Borges, vice-artilheiro da equipe, com sete gols, quer se fazer presente.
"Aqui as responsabilidades são
divididas. E ter um clássico pela
frente é sempre muito bom."
Além dele, Éder Luís (cinco
gols) e André Lima (três) estão
à disposição de Muricy na frente. No elenco, os 38 gols no Nacional estão distribuídos entre
12 jogadores.
(GIULLIANA BIANCONI, RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)
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