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Rivais se igualam no placar e no sacrifício de atletas
Richarlyson e Cleiton Xavier, que eram dúvida, atuam no clássico, que deixa mais jogadores contundidos em campo
Maurício Ramos, Hernanes, Washington e Rogério foram também vítimas de dores e pancadas durante a partida que atraiu 41 mil torcedores
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi um sacrifício.
Não pelo 0 a 0, mas pelas dores, pancadas e pela superação.
Richarlyson e Cleiton Xavier
eram dúvidas, mas foram para
o jogo. Não renderam o esperado, porém alguns não esperavam que eles sequer entrassem
em campo. Simbolizaram, de
certa forma, a vontade dos dois
elencos em "decidir" o Brasileiro ontem, algo que não ocorreu.
Ainda no primeiro tempo, o
zagueiro Maurício Ramos teve
que ser substituído por contusão. Tentou ao máximo ficar
em campo, porém acabou trocado por Marcão -o Palmeiras
começou com uma linha de
quatro homens na defesa, mas
passou então para o 3-5-2, com
Edmílson deixando o meio-
-campo e compondo a zaga.
Também na etapa inicial,
Washington sentiu dores nas
costas. Foi tirado de maca, e
Borges se preparou para entrar.
Isso só viria a acontecer no segundo tempo, pois o "Coração
Valente" são-paulino insistiu
em permanecer jogando.
"O pé não está doendo. São as
costas", falou o atacante, único
que fez gol no Choque-Rei em
2009 (1 a 0, no Paulista).
Os problemas físicos não ficaram só nisso. Hernanes deu
lugar a Arouca. O motivo? Joelho. Cleiton Xavier não aguentou e saiu mancando, sendo
trocado por Deyvid Sacconi.
"O maior problema é a falta
de ritmo, não fiz atividades na
semana", explicou o camisa 10.
Em campo, Rogério terminou a partida sem bater tiro de
meta e não arriscou uma cobrança de falta. "É o adutor.
Preferi não forçar. Agora, temos alguns dias para recuperar", afirmou o goleiro.
Se os mais de 40 mil torcedores que foram ao Morumbi não
viram gols, ao menos acompanharam bastante disposição,
aplicação tática e entrega.
Os primeiros minutos foram
favoráveis ao visitante, que
avançou muitas vezes com perigo pela esquerda, com Armero, um dos destaques do jogo.
Por esse setor, saiu cruzamento
para Obina quase marcar.
O São Paulo só esquentou depois dos 15min. Jorge Wagner,
após passe de peito de Dagoberto, e Washington, após toque estiloso também de Dagoberto, obrigaram Marcos a realizar duas boas intervenções.
O primeiro tempo foi jogado
sob sol forte. Isso aumentou o
desgaste dos times, que diminuíram o ritmo no final da etapa. Richarlyson, normalmente
o jogador de maior vitalidade
física do São Paulo, até se movimentava bastante, mas errava
muitos passes -ele havia se
machucado anteontem, em um
rachão no CT do clube.
No segundo tempo, já com
sombra em quase todo o gramado, o respeito pelo rival e o
cansaço contribuíram para
uma certa acomodação das
equipes. Mas deu para Rogério
fazer também duas boas defesas -uma num chute de Armero, em um contra-ataque, e outra em bola rebatida que foi
concluída por Diego Souza.
Os goleiros pentacampeões
ainda mostraram segurança e
experiência ao espalmarem
chutes de fora da área. Arouca
chutou contra Marcos, e Wendel quase surpreendeu ao tentar cruzamento que caiu rente
ao travessão de Rogério.
A bola que poderia ser a do
jogo sobrou para Jean. Após
cruzamento, Jorge Wagner
desviou de cabeça, e ele pegou
de primeira quase na marca do
pênalti, porém chutou torto.
(CAROLINA ARAÚJO, RENAN CACIOLI E RODRIGO BUENO)
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