São Paulo, segunda-feira, 31 de agosto de 2009

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Rivais se igualam no placar e no sacrifício de atletas

Richarlyson e Cleiton Xavier, que eram dúvida, atuam no clássico, que deixa mais jogadores contundidos em campo

Maurício Ramos, Hernanes, Washington e Rogério foram também vítimas de dores e pancadas durante a partida que atraiu 41 mil torcedores

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi um sacrifício.
Não pelo 0 a 0, mas pelas dores, pancadas e pela superação.
Richarlyson e Cleiton Xavier eram dúvidas, mas foram para o jogo. Não renderam o esperado, porém alguns não esperavam que eles sequer entrassem em campo. Simbolizaram, de certa forma, a vontade dos dois elencos em "decidir" o Brasileiro ontem, algo que não ocorreu.
Ainda no primeiro tempo, o zagueiro Maurício Ramos teve que ser substituído por contusão. Tentou ao máximo ficar em campo, porém acabou trocado por Marcão -o Palmeiras começou com uma linha de quatro homens na defesa, mas passou então para o 3-5-2, com Edmílson deixando o meio- -campo e compondo a zaga.
Também na etapa inicial, Washington sentiu dores nas costas. Foi tirado de maca, e Borges se preparou para entrar. Isso só viria a acontecer no segundo tempo, pois o "Coração Valente" são-paulino insistiu em permanecer jogando.
"O pé não está doendo. São as costas", falou o atacante, único que fez gol no Choque-Rei em 2009 (1 a 0, no Paulista).
Os problemas físicos não ficaram só nisso. Hernanes deu lugar a Arouca. O motivo? Joelho. Cleiton Xavier não aguentou e saiu mancando, sendo trocado por Deyvid Sacconi.
"O maior problema é a falta de ritmo, não fiz atividades na semana", explicou o camisa 10.
Em campo, Rogério terminou a partida sem bater tiro de meta e não arriscou uma cobrança de falta. "É o adutor. Preferi não forçar. Agora, temos alguns dias para recuperar", afirmou o goleiro.
Se os mais de 40 mil torcedores que foram ao Morumbi não viram gols, ao menos acompanharam bastante disposição, aplicação tática e entrega.
Os primeiros minutos foram favoráveis ao visitante, que avançou muitas vezes com perigo pela esquerda, com Armero, um dos destaques do jogo. Por esse setor, saiu cruzamento para Obina quase marcar.
O São Paulo só esquentou depois dos 15min. Jorge Wagner, após passe de peito de Dagoberto, e Washington, após toque estiloso também de Dagoberto, obrigaram Marcos a realizar duas boas intervenções.
O primeiro tempo foi jogado sob sol forte. Isso aumentou o desgaste dos times, que diminuíram o ritmo no final da etapa. Richarlyson, normalmente o jogador de maior vitalidade física do São Paulo, até se movimentava bastante, mas errava muitos passes -ele havia se machucado anteontem, em um rachão no CT do clube.
No segundo tempo, já com sombra em quase todo o gramado, o respeito pelo rival e o cansaço contribuíram para uma certa acomodação das equipes. Mas deu para Rogério fazer também duas boas defesas -uma num chute de Armero, em um contra-ataque, e outra em bola rebatida que foi concluída por Diego Souza.
Os goleiros pentacampeões ainda mostraram segurança e experiência ao espalmarem chutes de fora da área. Arouca chutou contra Marcos, e Wendel quase surpreendeu ao tentar cruzamento que caiu rente ao travessão de Rogério.
A bola que poderia ser a do jogo sobrou para Jean. Após cruzamento, Jorge Wagner desviou de cabeça, e ele pegou de primeira quase na marca do pênalti, porém chutou torto. (CAROLINA ARAÚJO, RENAN CACIOLI E RODRIGO BUENO)

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