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Excesso vira escassez, e São Paulo sofre no ataque
Fernandão é a mais recente baixa, e equipe se vê sem um homem de área
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
Se nos últimos anos a fartura de centroavantes gerou
problemas no São Paulo,
agora é a falta deles que pode
atrapalhar o time a engatar
uma reação no Nacional.
Isso porque o titular da posição, Ricardo Oliveira, já está praticamente descartado
do jogo contra o Atlético-GO,
na quinta-feira, no Morumbi,
em razão de uma tendinite.
Fernandão, seu substituto
contra o Fluminense, recupera-se de uma torção no tornozelo e só deve jogar no sacrifício. "Ainda sinto dor", diz.
Sem eles, só resta Lucas
Gaúcho, 19, como opção de
centroavante no elenco. Mas
ele não figurou nem no time
reserva no treino de ontem.
O ataque foi composto por
Dagoberto e Marlos, atacantes que jogam pelos lados e
com características similares
às dos titulares no domingo,
Marcelinho e Fernandinho.
Sem um camisa 9 característico, o técnico Sérgio Baresi pode ter até que desfazer o
esquema com três atacantes.
Mas o problema de agora é
bem diferente do de outros
tempos, quando o clube viveu uma verdadeira guerra
de vaidade pelo posto de atacante de referência.
Ainda neste ano, Washington deixou o clube após
reclamar da reserva, sendo
preterido pelo próprio Fernandão e até por Dagoberto.
O agora centroavante do Fluminense reclamava publicamente de sua situação.
Outro que tumultuou tempos atrás foi Borges, que
acertou com o Grêmio no fim
de 2009 por não ser titular
absoluto em três anos. No
ano passado, era preterido
por Washington. Em parte de
2008, via do banco de reservas o atacante Adriano ser o
principal goleador. Um ano
antes, era reserva de Aloísio.
Artilheiro do Brasileiro do
ano passado, Diego Tardelli,
hoje no Atlético-MG, pediu
para sair em 2005 por ser reserva de Luizão e, depois, de
Amoroso. De volta em 2008,
ele não quis disputar vaga
com Borges e Adriano.
Na contramão de seus antecessores, Fernandão é político e diz que não é problema
ir para o banco, já que passou
por lá no jogo contra o Vasco,
na quarta passada. "Não estou ficando no banco para
qualquer jogador. Vou aceitar e respeitar quem entra. A
partir do momento que eu reclamo de fora, desrespeito
quem está no meu lugar."
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