São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2011
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TOSTÃO Perguntas sem respostas
Vejo pouquíssima diferença técnica entre os oito times mais bem colocados no Brasileirão e mais o Santos, uma situação à parte. Não entendo por que tantos acham o Corinthians e outras equipes superiores ao Palmeiras. Estão no mesmo nível. As oscilações das equipes, como o Corinthians, não são somente por alterações técnicas, táticas, contusões, suspensões, diminuição da concentração e outros motivos e lugares-comuns, tão valorizados pela imprensa. O grande problema do Corinthians era a ausência de Liedson. Ele voltou, e nada mudou. O motivo principal dessas oscilações é o equilíbrio entre os times. As vitórias e as derrotas estão muito próximas. O acaso passa a ser decisivo. Enquanto grandes seleções, como Espanha e Alemanha, e os principais times da Europa, especialmente o Barcelona, valorizam cada vez mais a troca de passes, a posse de bola e o jogo coletivo, os jogadores brasileiros correm demais com a bola e utilizam excessivamente as jogadas aéreas e os passes longos para os companheiros bem marcados. A bola vai e volta. Mesmo assim, há, neste ano, mais belas jogadas e mais bons jogadores. Oito que atuam no Brasil foram convocados para o jogo da seleção contra Gana. Outros estão no mesmo nível que alguns chamados e que atuam fora. Por outro lado, por causa da falta de craques, aqui e fora do Brasil, não é preciso jogar tanto para ser convocado. Alguns times, como o Botafogo, e alguns jogadores, como Dagoberto, evoluíram neste ano. Dagoberto melhorou nas finalizações e nos passes decisivos. Um dos motivos das boas atuações do Botafogo é o volante Renato. Ele, além de marcar bem, raramente erra passe, por ter boa técnica e porque não tenta o passe para um jogador marcado. Por causa da idade, Renato não deveria ser convocado para a seleção, mas o Brasil precisa de um volante com seu estilo. Ronaldinho e Neymar não são apenas os dois melhores jogadores que atuam no Brasil. São também as estrelas da seleção. Os dois, com idades bem diferentes, vivem situações parecidas. Será que Neymar, para evoluir ainda mais e se tornar um dos cinco melhores do mundo, deveria ir para um dos grandes times da Europa, onde enfrentaria adversários mais fortes? Não sei. Será que Ronaldinho brilha tanto no Flamengo porque recuperou grande parte do esplendor técnico e físico ou porque o nível técnico dos times brasileiros é baixo? Também não sei. Texto Anterior: A rodada: Vasco busca liderança sem Ricardo Gomes Próximo Texto: Palmeiras busca rara vitória fora Índice | Comunicar Erros |
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