Parte física conduz time, diz técnico do vice-líder

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Ser vice-líder do Brasileiro, com o mesmo número de pontos do líder Grêmio, não significa que o São Paulo seja um time bom. A opinião não é de torcedores inimigos ou de adversários na disputa da competição. É do próprio técnico são-paulino, Muricy Ramalho, que a manifestou ontem de madrugada, ainda no vestiário do Engenhão, onde sua equipe acabara de vencer o Botafogo por 2 a 1.
"A verdade é essa: nosso time está se superando. A grande verdade é que a gente não tem um grande time, volto a repetir. Mas com certeza são jogadores que são homens e têm uma comissão técnica brilhante, tem um presidente que nos ajuda também. É isso, estamos no caminho certo", afirmou.
Para Muricy, houve muito desânimo na equipe e no próprio clube com os resultados ruins no decorrer do Nacional.
"Acho que no clube estava todo mundo desanimado. Menos o técnico. Não desanimo nunca. Conversei um pouco mais duro com eles, expliquei a eles o que é a nossa realidade, que nosso time ia desvalorizar se a gente não chegasse perto nem da Libertadores. E naquele momento a gente não tinha nem chance na Libertadores. A gente estava muito mal", lembrou.
Embora "limitado", para o treinador o São Paulo "é um time taticamente muito obediente". "Repito: a gente não tem grandes opções, a grande verdade é essa. Mas é um time que não desiste nunca. É um time consciente, que sabe o que quer fora de casa", declarou.
A melhora de rendimento é creditada por Muricy ao espaçamento entre os jogos, com tempo para treinos adicionais.
"Começamos a jogar só uma vez por semana, então tive tempo de trabalhar o time. Treinamos a parte tática, a física. O time depende muito da parte física. Não é um time tocador de bola, não é um time que tem a posse de bola. Mas agride o tempo todo, e defende bem."


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