São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AÇÃO Assado na caatinga
CARLOS SARLI COLUNISTA DA FOLHA O S ÚNICOS lençóis que 240 atletas verão nos próximos dias serão os Lençóis Maranhenses. O cenário deslumbrante e inóspito faz parte do roteiro de 520 km do Ecomotion Pro, corrida de aventura que neste ano vale como o Mundial da modalidade. Sono, algo estratégico nesse tipo de competição, nem está entre as principais preocupações das 60 equipes de 19 países que largarão no domingo. A falta de água, o calor excessivo e os fortes ventos, que podem ser aliados ou rivais, devem incomodar mais que as raras horas de sono que as equipes de ponta costumam ter numa prova dessas. Ceará, Piauí e Maranhão fazem parte do caminho, que será cumprido em 100 km de corrida, 287 km de bike, 136 km de canoa e mais 32 km velejando numa embarcação de pescadores. Isso, passando por mangues, rios, mar e desertos. Um longo trecho de caatinga já foi batizado de "Caldeirão", que deve assar dos miolos aos pés dos competidores. Equipes nórdicas, como a da Suécia, planejam acelerar o ritmo à noite, quando o calor fica mais brando. A quantidade de água a carregar é outra tática crucial. Decisões que vão do calçado adequado à navegação são determinantes, e a organização estima que as primeiras equipes chegarão quatro dias após a largada. O esporte existe há 19 anos e, há dez, chegou ao Brasil. Esta é a sexta edição do Ecomotion, que vale como etapa do Adventure Race World Championship. A equipe Nike, atual campeã, e ícones, como Robyn Benicasa e Neil Jones, fazem os últimos preparativos. A americana Sole e a brasileira Oskalunga estão entre as que terão duas mulheres (ao menos uma pessoa do outro sexo é exigência). Esta promete ser a mais difícil Ecomotion já realizada, e uma ótima oportunidade para equipes brasileiras como Lontra, SOS Mata Atlântica e Oskalunga se destacarem. Um sistema de localização, SPOT, será usado pela primeira vez no Brasil. Permite que a corrida tenha espectadores em tempo real pelo site da prova no formato Google Maps. Ainda aumenta a segurança, destaca o diretor técnico Tiago Valois. MUNDIAL DE SURFE - WCT O Hang Loose etapa de Imbituba, em Santa Catarina, foi interrompido na quarta e poderia voltar hoje. Com 13 tops ausentes, 20 brasileiros competem na prova, aumentando a chance de quebrar um jejum de dez anos sem vitória. SURFE ÀS CEGAS Uma bateria na última etapa do Estadual do Rio colocará profissionais vendados competindo com deficientes visuais, dia 7, na Barra. SURFE COM LENTES Sebastian Rojas dá curso de fotografia que começa com aulas teóricas na Estácio, Rio, dia 6, e termina em Saquarema, dia 9, na prática. sarli@trip.com.br
|
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |