VÔLEI
Nervosa, seleção obtém 2º triunfo no Mundial só no tie-break

DE SÃO PAULO

O técnico tcheco Jiri Siller já havia advertido que a chave do sucesso de sua equipe era jogar sem pressão. E foi atuando desse modo que a República Tcheca, apenas a 38ª seleção do ranking, quase venceu o Brasil, campeão olímpico, ontem no Mundial feminino de vôlei do Japão.
Em uma atuação marcada por nervosismo e muitos erros, a seleção brasileira suou para chegar ao triunfo por 3 sets a 2, parciais de 22/25, 25/ 22, 23/25, 25/20 e 15/9.
Hoje, às 7h, o Brasil volta à quadra em Hamamatsu para enfrentar um rival ainda mais forte, a Holanda.
"Sempre esperamos jogos difíceis, mas as tchecas realmente jogaram muito bem.
Elas entraram com menos responsabilidade e arriscaram tudo. Forçaram o saque e conseguiram quebrar o nosso passe", admitiu José Roberto Guimarães.
O técnico brasileiro descreveu perfeitamente o que ocorrera nos primeiros sets.
Sem o passe na mão, a levantadora Dani Lins teve dificuldades para distribuir as bolas, e o nervosismo tomou conta das atacantes. Já as tchecas, lideradas no ataque pela oposto Aneta Havlickova, aproveitaram-se dos problemas na defesa rival e mantiveram o jogo parelho.
As equipes chegaram à terceira parcial com o jogo empatado: um set para cada lado. Mas o Brasil ainda sofria com erros sucessivos.
Zé Roberto aproveitou para mudar metade da equipe.
A levantadora Fabíola, a central Adenízia e a ponteira Sassá entraram nos lugares de Dani Lins, Thaísa e Natália, respectivamente. As mudanças não surtiram o efeito, e o Brasil acabou derrotado.
"Nosso time está um pouco preso. A equipe está preocupada em não cometer erros. A partir do quarto set, o time se acalmou e jogou mais solto. É assim que tem que ser", disse Zé Roberto.
A chave da virada foi mesmo o retorno da tranquilidade. Contando com uma boa atuação da oposto Sheilla, que encerrou o jogo como maior pontuadora (27 pontos), o Brasil impôs seu jogo e, a partir de então, não teve dificuldades para vencer.