São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011 |
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JUCA KFOURI Virada à Fiel
CHAVÕES NO FUTEBOL existem porque se repetem e porque adoram ser desmentidos. Ora, era óbvio que a tarefa do Corinthians no Pacaembu seria menos difícil que a do Vasco em São Januário, razão pela qual a liderança tinha tudo para voltar ao time que mais vezes (21) esteve no primeiro lugar até aqui. Mas houve um momento da tarde corintiana em que tudo dava errado. Porque o Vasco ganhava um ponto contra o São Paulo e parecia perto de fazer o gol da vitória contra um tricolor sem Rogério Ceni, Dagoberto e Luis Fabiano, embora mais guerreiro do que ultimamente. Chovia canivetes no Pacaembu, o Avaí vencia graças a um gol irregular, Leandro Castán havia sido exageradamente expulso de campo e só Emerson, que entrara ainda sem 100% de condições, e no primeiro tempo porque Jorge Henrique se machucara, jogava no ritmo da encharcada, e não menos entusiasmada, Fiel torcida. De repente, tudo mudou. No Rio, um goleiro chamado Denis fazia milagres em duas cabeçadas seguidas de Élton, evitando o gol cruzmaltino. O Grêmio, o Mosqueteiro do sul, virava para 4 a 2 para cima do Flamengo que ainda poderia, e pode, ameaçar as melhores intenções corintianas, e Emerson, o Sheik, incorporava a alma de Ezequiel e o futebol de Palhinha, dois ídolos do passado corintiano. E quando isso acontece o impossível acontece junto na vida corintiana. Eram dez corintianos que pareciam 12 contra 11 avaienses que pareciam nove. Emerson e Liedson trataram de virar o jogo e o primeiro até exagerou na gana, ao pisar num rival e merecer o que Castán não mereceu, o cartão vermelho, embora tenha levado apenas o amarelo. O Corinthians voltou ao topo pelo número de vitórias e jogará diante de cerca de 40 mil corintianos em Uberlândia, no domingo que vem, contra o rabeira América, no Parque do Sabiá. O aparentemente fácil pode ficar difícil? É claro que sim, como ontem. Mas é melhor pegar o rival do líder Corinthians, o lanterna América, ou o do vice-líder Vasco, o Santos de Neymaremoto,na Vila Belmiro, talvez até com a volta de Paulo Henrique Ganso? É óbvio que a vida corintiana é a menos complicada entre todos que buscam o título. E é improvável que o corintiano Lula segure o grito na garganta que, tomara, se restabeleça. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Tite usa metáfora de namoro para acalmar equipe Próximo Texto: Palmeiras perde outra e se afunda Índice | Comunicar Erros |
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