São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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Palmeiras perde outra e se afunda

SÉRIE A Apático, time leva dois gols em MG, vê Valdivia ser expulso e soma 7 jogos sem vitória

Atlético-MG 2
Neto Berola, aos 37min do 1º tempo; Fillipe Soutto, aos 17min do 2º tempo
Palmeiras 1
Luan, aos 39min do 2º tempo

DE SÃO PAULO

Que fase a do Palmeiras.
Valdivia e Luan fazem jogada brilhante, mas Fernandão perde na cara do gol. No minuto seguinte, a zaga para, e o Atlético abre o placar.
No fim, 2 a 1 para a equipe mineira, que luta para não cair. E os palmeirenses, estacionados com 41 pontos, veem o assunto rebaixamento cada vez mais pulsante.
O Palmeiras completou ontem sete jogos sem vitórias.
Neste segundo turno do Brasileiro, aliás, o time só ganhou uma vez. O ataque continua sem funcionar, e a zaga, que antes era festejada, é cada vez mais vulnerável.
A zona da degola, é verdade, continua distante. Nove pontos separam o time do Ceará, 17º colocado. A cada rodada, os palmeirenses falam em conquistar "mais três ou quatro pontos" para livrar definitivamente qualquer risco. Mas, para conquistar seus últimos três pontos, o Palmeiras precisou jogar sete vezes.
Valdivia, como tem sido comum, mais reclamou do que jogou. Não é exagero dizer que o chileno passou mais tempo no chão, se contorcendo, do que de pé, jogando.
A cada esbarrão que sofria, ia ao solo com as mãos no rosto e, segundos depois, levantava-se reclamando. Levou um cartão amarelo por reclamação no primeiro tempo. Tomou o segundo por falta e foi expulso aos 28min da segunda etapa, quando o Palmeiras já perdia por 2 a 0 e tinha um a menos. Pouco antes, Maurício Ramos fora expulso por dar um carrinho.
Boa jogada, mesmo, só no primeiro tempo. Aos 36min, Valdivia achou bem Luan, que rolou para Fernandão, que chutou em cima do goleiro. No lance seguinte, Neto Berola recebeu livre e marcou o primeiro gol mineiro.
O segundo gol do Atlético -um golaço de Fillipe Soutto- destruiu o Palmeiras. O time que já não criava se perdeu em campo, logo ficou com dois jogadores a menos, e os erros ficaram cada vez mais recorrentes e infantis.
O time ao menos foi brioso. Com dois a menos, fez um gol, com Luan, de cabeça, e passou a martelar os mineiros. A pressão, porém, durou pouco. "Mesmo com a derrota, o time está de parabéns", analisou o atacante.
Luiz Felipe Scolari voltou a minimizar o rebaixamento. "Pelos cálculos, com 42 pontos ninguém desce. Temos 41", disse. "Eu me sinto mal, chateado. Mas tenho que superar momentos difíceis."
A sequência do time não ajuda. No domingo, enfrentará o Coritiba em Barueri, depois pegará o Grêmio no Sul.
O discurso dos jogadores é o mesmo: garantir os pontos para evitar riscos, que só aumentam a cada jogo.


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