São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 2002

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PAINEL FC

Atrás de dinheiro
Apesar de já ter acertado a renovação com a Pepsi, a diretoria do Corinthians ainda não desistiu de ter um segundo patrocinador de camisa em 2003. Já recebeu oferta do banco Santander e da Siemens, a mesma parceira do Real Madrid.

Oposição
A Pepsi, que pagará ao clube algo entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões, já se posicionou contra a concorrência interna na camisa. Mas não poderá vetá-la.

Para trás
O ano de 2002 acabou, e o site do Corinthians continua "em construção". Alvo de disputa judicial entre o clube e o HMTF, a página saiu do ar no início do ano e, agora, voltou com a seguinte inscrição: "seja Fiel e aguarde". Dos grandes de SP, o time alvinegro é o único que não tem site oficial concluído.

Mais três anos
A Globo renovou o contrato para organizar e transmitir a São Silvestre até 2005. Mesmo com a competição esvaziada, a emissora, responsável pela mudança do horário da corrida masculina para as 17h, vê o evento como parte importante de sua grade de fim de ano.

Preço da história
O Santos quer incluir no novo contrato com a Umbro a construção do museu do clube. Em troca de uma loja dentro da atração, a diretoria quer que a fornecedora de material esportivo arque com a toda a despesa da obra, orçada em R$ 400 mil.

Números na mão
Usou como argumento para convencer a parceira o fato de que a sede do Santos é o terceiro lugar mais procurado pelos turistas, segundo a prefeitura. Mas até agora parece que não convenceu a Umbro a abrir o cofre.

Poder dividido
O deputado Zezé Perrella (PFL-MG) voltou atrás. Sem mandato em 2003, resolveu abandonar a idéia de deixar o Cruzeiro e deve assumir o futebol do clube. Seu irmão Alvimar Perrella, o novo presidente, cuidará da parte administrativa.

Elo
O chefe da delegação pentacampeã mundial, Weber Magalhães, será a ponte natural entre Ricardo Teixeira e Agnelo Queiroz (PC do B). O comandante da Federação Metropolitana (DF), aliado de primeira hora do presidente da CBF, é muito amigo do futuro ministro do Esporte.

Inimigo íntimo
A defesa de Queiroz pelo uso de dinheiro do bingo para fomentar o esporte gerou grita em setores da base governista. O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), um dos relatores da CPI da CBF/Nike, disse que combaterá a proposta na Câmara, onde tramita o Estatuto do Desporto.

Recordar é viver
Durante a CPI da CBF/Nike, o deputado comunista Aldo Rebelo, que deve ser indicado líder do governo Lula na Câmara, condenou a liberação do bingo. Disse que, pelas investigações da comissão que presidiu entre outubro de 2000 e junho de 2001, ficou provado o uso do jogo de azar para lavagem de dinheiro.

Como antes
Em entrevista ao "Bom Dia, Brasil" ontem, o futuro ministro confirmou que manterá o Refis para clubes endividados, marca da gestão FHC para o esporte, conforme antecipou a Folha no início do mês.

Beicinho
O iatista Lars Grael deixou a Secretaria Nacional de Esporte e cuidará do setor no Estado de SP. A indicação, confirmada ontem por Geraldo Alckmin, foi lamentada por Rebelo, que preferia ver na secretaria o paulista Sílvio Torres (PSDB), seu colega de CPI da CBF/Nike.

Fim da linha
Ontem expirou o prazo para que os clubes publicassem seu balanços no Diário Oficial da União. Os dirigentes que não cumpriram a MP79, caso do deputado Eurico Miranda, podem perder seus cargos se o Ministério Público for acionado. Neste cenário, suas atitudes não terão validade legal.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-MG, sobre o vascaíno Eurico Miranda ter dito que ele é um pára-quedista no futebol:
- Não faço do futebol minha profissão, tenho uma empresa de material pesado. Não faço do futebol o meu ganha-pão.

CONTRA-ATAQUE

Boquinha

O controle da alimentação dos atletas durante competições importantes, com o auxílio de nutricionista, é uma tendência não muito antiga no futebol.
Grandes times do futebol brasileiro hoje contam com profissionais especializados para que os jogadores tenham refeições equilibradas, principalmente no dia das partidas.
Na década de 70, o Santos teve no técnico Tim uma espécie de nutricionista amador. Entre os jogadores, o "professor" tinha fama de controlador e todos tinham medo de serem pegos com a mão na massa.
Mas, em uma das concentrações do clube, os atletas não aguentaram. Invadiram a cozinha da concentração durante a madrugada e esbaldaram.
Com a porta trancada, assaltaram a geladeira sem nenhuma preocupação. Foi quando ouviram uma batida na porta. Depois outra. Os jogadores imediatamente fizeram silêncio. O professor, então, os tranquilizou:
- Abra logo esta cozinha. Ninguém vai ser punido. Também quero fazer um lanchinho, estou morrendo de fome.



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