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Prova paulistana inspira criação de "clones" pelo Brasil
Em dias diferentes e até mesmo à noite, pelo menos sete cidades brasileiras organizam evento similar à tradicional competição de fim de ano em São Paulo
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos famosas do que a prova paulistana, ao menos outras
sete São Silvestres são disputadas no Brasil. Três ocorrem em
cidades paulistas (Avaré, Jaboticabal e Brodowski), duas no
Rio Grande do Sul (Carlos Barbosa e Porto Alegre), uma em
Minas Gerais (Pratápolis) e
uma em Santa Catarina (Balneário Camboriú).
Nenhuma delas apresenta
percurso tão longo quanto o da
coirmã paulistana, cujo trajeto
se estende por 15 km. As distâncias variam de 6,4 km (Jaboticabal) a 10 km (Avaré, Brodowski e Balneário Camboriú).
"A prova é mais curta para
que atletas de todas as idades
possam participar. O objetivo é
fazer um evento mais festivo",
conta Hélio José Costa, organizador da São Silvestre de Porto
Alegre, 7 km de percurso.
A corrida da capital gaúcha é
uma das mais jovens entre suas
coirmãs -está apenas na quarta edição- e ainda conta com
poucos participantes. Neste
ano, espera-se que 200 pessoas
participem da competição, hoje.
Costa inspirou-se na São Silvestre mais famosa, na qual
competiu por 17 anos, para
criar a prova similar.
"A São Silvestre [paulistana]
tem muito glamour na mídia,
mas, para os atletas amadores,
não havia uma atenção especial. Isso me motivou a criar
aqui uma prova parecida, mas
com um custo bem mais baixo e
com taxa de inscrição mais barata [R$ 25]. Queremos mudar
essa mentalidade de que o que é
caro é que é bom", diz ele.
O orçamento do evento é um
dos mais baixos entre as São
Silvestres: apenas R$ 7.000.
Bem mais cara é a prova de
Balneário Camboriú. "Por menos de R$ 40 mil não se faz uma
boa corrida", afirma Luiz Felício, organizador da São Silvestre da cidade catarinense.
A prova conta com uma categoria inusitada, exclusiva para
pessoas que já passaram por cirurgias cardíacas.
Além de ser disputada à beira-mar, a corrida de Balneário
Camboriú conserva o charme
de ocorrer à noite (sua largada é
às 21h30), assim como ocorria
inicialmente com a São Silvestre paulistana. Entretanto, o
dia da disputa mudou e passou
a não coincidir com a data do
santo que lhe emprestou o nome. Neste ano, a prova foi no último sábado, dia 27. Jaboticabal e Pratápolis também "desrespeitam" o dia do santo.
"Mudamos o dia para tentar
atrair mais atletas de elite", justifica José Eneido Modesto,
coordenador da tradicional São
Silvestre de Pratápolis, disputada pela 52ª vez no domingo.
"Neste ano, o nível foi forte. Tivemos até dois quenianos."
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