São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

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Prova paulistana inspira criação de "clones" pelo Brasil

Em dias diferentes e até mesmo à noite, pelo menos sete cidades brasileiras organizam evento similar à tradicional competição de fim de ano em São Paulo

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Menos famosas do que a prova paulistana, ao menos outras sete São Silvestres são disputadas no Brasil. Três ocorrem em cidades paulistas (Avaré, Jaboticabal e Brodowski), duas no Rio Grande do Sul (Carlos Barbosa e Porto Alegre), uma em Minas Gerais (Pratápolis) e uma em Santa Catarina (Balneário Camboriú).
Nenhuma delas apresenta percurso tão longo quanto o da coirmã paulistana, cujo trajeto se estende por 15 km. As distâncias variam de 6,4 km (Jaboticabal) a 10 km (Avaré, Brodowski e Balneário Camboriú).
"A prova é mais curta para que atletas de todas as idades possam participar. O objetivo é fazer um evento mais festivo", conta Hélio José Costa, organizador da São Silvestre de Porto Alegre, 7 km de percurso.
A corrida da capital gaúcha é uma das mais jovens entre suas coirmãs -está apenas na quarta edição- e ainda conta com poucos participantes. Neste ano, espera-se que 200 pessoas participem da competição, hoje.
Costa inspirou-se na São Silvestre mais famosa, na qual competiu por 17 anos, para criar a prova similar.
"A São Silvestre [paulistana] tem muito glamour na mídia, mas, para os atletas amadores, não havia uma atenção especial. Isso me motivou a criar aqui uma prova parecida, mas com um custo bem mais baixo e com taxa de inscrição mais barata [R$ 25]. Queremos mudar essa mentalidade de que o que é caro é que é bom", diz ele.
O orçamento do evento é um dos mais baixos entre as São Silvestres: apenas R$ 7.000.
Bem mais cara é a prova de Balneário Camboriú. "Por menos de R$ 40 mil não se faz uma boa corrida", afirma Luiz Felício, organizador da São Silvestre da cidade catarinense.
A prova conta com uma categoria inusitada, exclusiva para pessoas que já passaram por cirurgias cardíacas.
Além de ser disputada à beira-mar, a corrida de Balneário Camboriú conserva o charme de ocorrer à noite (sua largada é às 21h30), assim como ocorria inicialmente com a São Silvestre paulistana. Entretanto, o dia da disputa mudou e passou a não coincidir com a data do santo que lhe emprestou o nome. Neste ano, a prova foi no último sábado, dia 27. Jaboticabal e Pratápolis também "desrespeitam" o dia do santo.
"Mudamos o dia para tentar atrair mais atletas de elite", justifica José Eneido Modesto, coordenador da tradicional São Silvestre de Pratápolis, disputada pela 52ª vez no domingo. "Neste ano, o nível foi forte. Tivemos até dois quenianos."


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